A 12 de Agosto de 1981, a IBM apresentou o seu primeiro PC ('personal computer', em português computador pessoal) a um preço inicial de 3.280 dólares.
Tratava-se de uma máquina com 11 quilos de peso e apenas 15 centímetros de altura, com um pequeno monitor (27,94 centímetros) a branco e preto.
Dada a rápida evolução tecnológica por que passou entretanto a indústria informática, o primeiro computador pessoal parece já uma relíquia resgatada da Pré-História.
O primeiro PC da IBM, cuja divisão de computadores pertence agora à empresa chinesa Lenovo, integrava um microprocessador Intel 8.088 de 16 bits a 4,7 megahercios (MHz) e 16 kilobytes de memória RAM.
O invento revolucionário conseguiu um maior acolhimento do que o prognosticado pelos analistas de então e invadiu rapidamente os escritórios, dos Estados Unidos à Europa e à Ásia.
Segundo fontes da Lenovo, as previsões de vendas para os cinco primeiros anos de comercialização eram de 241.683 dólares, número que foi ultrapassado só num mês; em Dezembro de 1984, já tinham sido vendidos 250 mil computadores pessoais.
Mesmo assim, os analistas vaticinaram que em finais do séc. XX haveria uns 80 milhões de computadores pessoais em todo o mundo, muito abaixo dos 500 milhões que já tinham sido vendidos no ano 2000.
O director do Desenvolvimento de Negócios e Marketing da Lenovo para Espanha e Portugal, Pascual Martínez, diferencia três etapas na evolução dos PC, uma invenção que nasceu para «revolucionar e para se introduzir na vida diária das pessoas».
Segundo ele, o computador pessoal viveu uma primeira etapa, na década dos anos 80, em que se alargou no âmbito empresarial e ajudou a transformar toda uma série de processos de trabalho.
Posteriormente, em princípios da década de 90, o desenvolvimento das aplicações gráficas facilitou o uso daquelas máquinas por parte de qualquer pessoa e permitiu a sua introdução em todos os lares.
Esta segunda etapa de desenvolvimento acelerou-se a partir de 1994 com a incorporação do CD-ROM, o que aumentou as possibilidades do uso do computador no campo do entretenimento, com os conteúdos musicais e de vídeo, e os jogos.
Além disso, outro factor determinante foi a chegada do computador à universidade e a sua utilização por parte dos estudantes para prepararem as suas tarefas e trabalhos, recorda Pascual Martínez.
Contudo, em 2000 chegaria a autêntica revolução do mundo informático graças à Internet e à sua rápida expansão em todo Mundo.
O dirigente da Lenovo indica que, nesta nova etapa, o PC transformou-se numa ferramenta extremamente útil para estabelecer comunicações em tempo real e aceder à informação a partir de qualquer lugar e a qualquer momento, uma vantagem ainda mais patente com a generalização dos computadores portáteis e com as tecnologias em rede.
Sobre o futuro do computador pessoal, a Lenovo promete novos avanços no contínuo processo de miniaturização das máquinas.
Segundo Pascual Martínez, os computadores do futuro primarão por uma ainda maior mobilidade, leveza e «conectividade total».