quarta-feira, agosto 30, 2006

“Páginas Amarelas de Deus”

exame informatica 30/08/2006

EUA aderem ao aluguer de padres na Net
O serviço é conhecido por “Páginas Amarelas de Deus” e celebrou 3000 casamentos em 2005. Nos EUA, está a fazer um pequeno furor. Através da Internet, os utilizadores que não se revêem nos ditames da Igreja Católica ou, simplesmente, não conseguem encontrar um padre disponível podem alugar um sacerdote para as mais variadas celebrações religiosas. Actualmente, o endereço (http://www.rentapriest.com) dispõe dos contactos de 2500 ex-padres que abandonaram a igreja católica devido a incompatibilidades insanáveis – entre elas, o celibato.
Os serviços prestados pelos sacerdotes podem ser pagos ou gratuitos. Apesar de associado a organizações que defendem o fim do celibato dos padres católicos, o site também pretende contornar a escassez de sacerdotes (cerca de 27% das dioceses norte-americanas estão sem padres).

Ainda assim, os mentores da iniciativa não escondem que pretendem exercer alguma pressão política sobre a Igreja de Roma, e celebram casamentos entre divorciados, homossexuais ou pessoas cujos passados ou convicções impedem o casamento católico.

O serviço foi criado em 1992. «Temos estado a fazer o trabalho de Jesus e, aparentemente, a Igreja não o faz», reivindicou Louise Haggett, responsável pelo site que permite alugar padres dos quatro cantos dos EUA, à Reuters.

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Morrer de coração partido

Carla Marina Mendes
correio da manhã 30/08/2006

Morrer de amor é possível. A confirmação chega através de um estudo científico que comprova o que há muito defende a voz do povo. Mas se há quem não resista à perda da cara-metade, sobreviver é possível. Com apoio e muita força.

Incapaz de suportar a saudade, o marido morre pouco tempo depois de a mulher ter fechado os olhos para sempre. Este não é apenas o episódio de uma família, mas uma situação recorrente, que pode ser um dos efeitos do luto. Morrer de coração partido parece uma história de ficção, mas a perda da cara-metade pode levar mesmo à morte de quem fica. É a Ciência que o confirma.Diz um estudo recente, realizado por especialistas das faculdades de Medicina da Universidade de Harvard e da Universidade da Pennsylvania, nos EUA, que a hospitalização do cônjuge por motivo de doença grave aumenta o risco de morte, sobretudo quando os casais têm mais de 65 anos. Avançam ainda os cientistas que a probabilidade de o homem morrer é 21 por cento maior depois de lhe morrer a mulher. Para elas, o risco é de 17 por cento quando perdem o marido. A hospitalização de um dos elementos do casal é suficiente para aumentar o perigo – 4,5 por cento para os homens, 2,7 por cento para as mulheres.

A vontade de viver também fugiu, há quatro anos, a Joaquim Pires. Quando a morte bateu à porta e lhe levou a mulher, com quem partilhou a vida durante quase 25 anos, pensou não ser capaz de continuar. Mas decidiu-se pela vida. “Não é fácil, é muito triste. Nem tenho palavras para descrever o que se sente”, conta ao CM.

Hoje com 53 anos, recorda os oito meses de uma longa batalha para levar de vencida um cancro no estômago. Não esquece os médicos e hospitais, os exames e tratamentos, as promessas de cura falhadas. E não esquece também a mulher. “Nunca se consegue ultrapassar a perda, nunca mais se esquece, mas temos de ter força, não podemos continuar para sempre a chorar.” O apoio da família foi, conta, decisivo para conseguir olhar para a vida com outros olhos.

“A morte de uma pessoa querida é uma experiência extremamente dolorosa, um processo emocional fortíssimo”, confirma Ana Isabel Cruz, psicóloga e vice-presidente da Associação Apelo – Apoio à Pessoa em Luto. “Isto acontece porque precisamos das ligações com outros. Quando perdemos alguém, os vínculos não deixam de existir, mas a relação tem de ser reelaborada, o que desestabiliza emocionalmente e obriga ainda, quando se trata de um casal, à necessidade de reorganizar toda a vida e os papéis antes atribuídos ao elemento que partiu.”

TERRAMOTO EMOCIONAL

Segundo a especialista, o luto não é uma doença, mas antes um processo complexo, dividido em etapas: “A primeira fase é a da desorganização, a que chamamos fase de negação, em que não se acredita que aquela pessoa se foi embora e se espera que regresse a qualquer momento.” Seguem-se outros momentos, que vão desde grandes alterações emocionais ao choro profundo, sentimentos de culpa e agressividade. “Todo um emaranhado de emoções fortes, que pode durar dias ou semanas.”

Joaquim Pires sentiu essas emoções, a dor, revolta, saudade, mas foi capaz de ultrapassá-las. “Apesar de termos vontade, não podemos desaparecer por algo que Deus quis. Temos de ter força e ânimo”, afirma. Outros há que não o conseguem e se mantêm num luto que os especialistas chamam de patológico. Desistir de viver é comum, o que, refere a psicóloga, está relacionado com a falta de apoio nas horas difíceis, com o percurso social, personalidade de cada um e ainda com questões anteriores. “Quando há problemas não resolvidos noutras esferas, a morte faz com que eles regressem.”

PARA ALIVIAR O SOFRIMENTO

OUVIR

Ajudar alguém a ultrapassar o luto é possível. Ouvir os desabafos, aceitar as acções, mesmo que aparentemente desconcertantes, ajudar a resolver os problemas mais práticos e evitar comentar comportamentos ou atitudes ajuda quem sofre.

ISOLAMENTO NÃO

As pessoas que perdem alguém que amam tendem a isolar-se. Mas desabafar é a melhor solução, assim como falar livremente sobre a pessoa que se perdeu, sem receios ou vergonhas. Devemos ajudar quem está de luto a evitar o isolamento.

PARTILHAR A DOR

Diz quem sabe que o luto é um processo normal. Para o enfrentar de forma saudável há que agir de acordo com o que dita o coração, viver o dia-a-dia, dar tempo ao tempo, partilhar o sofrimento, para que seja mais fácil de enfrentar a ausência de quem partiu.

PROCURAR AJUDA

Há profissionais capazes de aliviar a dor de quem sofre. Procurar ajuda especializada pode ser importante para ultrapassar os momentos mais difíceis. A Associação Apelo disponibiliza essa ajuda. O contacto pela internet é http://www.apelo.web.pt.

ESTUDO CIENTÍFICO CONFIRMA QUE A DOR MATA

Nicholas Christakis, um dos autores do trabalho que, pela primeira vez, passou para a prática o que a teoria há muito defende – que a morte ou a hospitalização do cônjuge aumenta o risco de morte para quem fica –, não hesita em classificar o resultado do estudo como surpreendente.

Depois de analisar mais de meio milhão de casais com idade superior a 65 anos, verificou que o período em que o risco de morte é maior surge nos 30 dias seguintes à hospitalização ou morte do parceiro. Concluiu ainda que, “quanto mais debilitantes as doenças, maior a probabilidade de doença ou morte para o parceiro”. Isto porque os problemas do companheiro podem privar o parceiro de apoio emocional, económico ou prático, e aumentar os níveis de stress.

AJUDAR QUEM FICOU SÓ NO MUNDO

Proporcionar um espaço de partilha foi o objectivo de criação da Apelo, uma associação que existe para ajudar quem perdeu um ente querido. “Partilhar com outros que já passaram pelo mesmo e mostrar que é possível ultrapassar a dor é um dos grandes objectivos da associação”, diz a vice-presidente.

Ana Isabel Cruz sabe do que fala. A perda de um filho deu-lhe outra sensibilidade para lidar com a perda. A Apelo tem centros em Aveiro, Braga, Coimbra, Madeira, Porto e Setúbal.

SARTE E BEAUVOIR PARA SEMPRE

Conheceram-se em Paris, em 1929. Ele tinha 24 anos, ela 21 e ambos estudavam para se tornarem professores. Casaram e, apesar de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir terem tido vários amantes, fruto de um acordo estabelecido entre os dois que lhes permitia ter outros relacionamentos, formaram um dos grandes pares românticos da história. Almas gémeas, viveram sempre juntos e morreram, ele primeiro, em 1980, ela seis anos depois.

DALÍ SEM GALA ERA VIDA SEM SENTIDO

Dalí nunca escondeu que conhecer Gala foi o acontecimento mais importante da sua vida. Apesar da diferença de idades – ela era dez anos mais velha – e do facto de Gala ser casada com o poeta Paul Eluard, não conseguiram evitar o amor. Casaram-se em 1934, não mais se separando. Em 1982, Gala morreu. Nessa altura, Dalí já não pintava, resultado de uma doença que lhe causava tremores nas mãos. A morte dela agravou a situação e o pintor acabou por se juntar à mulher em Janeiro de 1989.

A COMPANHEIRA DO CAMARADA CUNHAL

O seu nome confunde-se com o do partido que dirigiu durante décadas. Álvaro Cunhal, o líder carismático do Partido Comunista Português, morreu em Junho de 2005, com 91 anos. Um ano depois da sua morte, o País foi informado da morte da sua companheira de vida e de ideais, Fernanda Barroso, que se despediu da vida aos 61 anos. Durante mais de 20 anos, a engenheira técnica química foi a mulher de Cunhal, com quem partilhou a vida e a paixão.

A MÃE DE TODAS AS TRAGÉDIAS DE AMOR

É a história clássica, sinónimo de verdadeiro amor. Quem não conhece a tragédia ‘Romeu e Julieta’, de William Shakespeare, que retrata o amor entre dois jovens de famílias rivais, impedidos de concretizar o seu amor, devido ao ódio que separava os dois clãs. Oferecida em casamento a outro, Julieta finge a sua morte através da ingestão de um veneno. Romeu, que desconhece os planos da amada, acredita que ela está morta e suicida-se. Ela, incapaz de viver sem ele, põe também fim à vida.

JUNTOS, MESMO DEPOIS DA MORTE

Nasceu Giulia Anna Masina, em San Giorgio di Piano, Itália. Ganhou protagonismo na rádio, mas ficou para sempre conhecida como a mulher do realizador Federico Fellini, com quem casou em 1943. Viveram juntos durante mais de 50 anos, até que a morte os separou. Primeiro ele. Ela segui-o, seis meses depois, vítima de cancro, em Março de 1994, com 73 anos. Descansam lado a lado no cemitério de Rimini.

O CASAL PERFEITO DA 'COUNTRY'

O casamento de 35 anos de Johnny Cash e June Carter é uma das grandes histórias de amor da indústria do entretenimento. Em Fevereiro de 1968, ele declarou-se e casaram semanas depois. June foi o porto de abrigo para Johnny, que a nomeou como uma das responsáveis por ter conseguido deixar o mundo da droga. Formaram um casal perfeito até que, em Março de 2003, June não resistiu a uma cirurgia ao coração. Johnny segurava-lhe a mão quando ela morreu. Seis meses depois, foi ter com ela.

SUPERAMOR PARA LÁ DA VIDA

Depois de ter sido Super-Homem, Chistopher Reeve teve de lutar sem tréguas contra a lesão que o deixou paralisado, depois da queda de um cavalo. Ao seu lado teve sempre a mulher, Dana. Chistopher morreu em 2004, aos 52 anos, na sequência de uma paragem cardíaca. Dana juntou-se ao marido em Março passado, com 44 anos, vítima de cancro do pulmão.

MÚSICA PUNK, SEXO, PAIXÃO E CRIME

Apesar da violência, a história foi de amor. Ele, um ícone da música punk, baixista dos Sex Pistols; ela era uma ‘groupie’, isto é, andava atrás de bandas famosas. Ambos viciados em drogas, conheceram-se em 1977 e apaixonaram-se. Em 1978, Sid acordou depois de uma noite de drogas e encontrou Nancy morta à facada na casa de banho do quarto de hotel onde se encontravam. Foi acusado do crime mas acabou por ser libertado. Morreu de overdose: muitos dizem que se suicidou, incapaz de viver sem Nancy.


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Irmã de Ronaldo promove drogas


Irmã de Ronaldo promove drogas
Na loja de roupa na Madeira


A loja que Cristiano Ronaldo possui no Funchal está a causar polémica. A sua irmã mais velha, e sócia no negócio, Elma Aveiro, mantém na montra uma camisola com uma mensagem que apela ao consumo de drogas.


‘1 gr de coca por una noche loca’, ou seja, ‘um grama de cocaína por uma noite louca’ (em tradução livre), é a mensagem polémica que se pode ler na camisola exposta na loja do clã Aveiro, no Funchal.

Conheça todos os pormenores desta história, em exclusivo, na edição desta quarta-feira do jornal 'Correio da Manhã'.

exclusivo:


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sábado, agosto 26, 2006

As vacas têm pronúncia

Vacas mugem com pronúncia das regiões.

jornal de notícias, sociedade e vida

As vacas têm pronúncia. Pelo menos, esta é a ideia transmitida por alguns especialistas de fonética, depois de terem sido alertados para a situação pelos criadores de gado ingleses, que se aperceberam das diferenças nos mugidos das vacas nas diferentes regiões.

Questionado sobre a veracidade da "pronúncia" das vacas, o professor de fonética da Universidade de Londres, John Wells, estabeleceu uma comparação entre vacas e aves. "Este fenómeno está demonstrado nos pássaros", referiu. "Podemos encontrar sotaques distintos dentro da mesma espécie, em diferentes lugares geográficos".

"Eu passo muito tempo com as minhas vacas e, definitivamente, elas mugem com sotaque daqui", disse Lloyd Green, um criador de gado de Somerset, no sudoeste de Inglaterra. "Conversei com criadores de outras regiões, e eles disseram ter ouvido o mesmo que eu", afirmou. "Acontece o mesmo com os cães; quanto mais perto estamos deles, mais facilmente ficam com a nossa pronúncia", conluiu.

John Wells corrobora esta ideia, ao referir que, "em pequenas povoações, pode encontrar-se variações nos dialectos, que se contagiam no grupo".

No mesmo sentido, Jeanine Treffers-Daller, professora de Linguística da Universidade de Bristol, explica que, à semelhança dos seres-humanos, a origem da pronúncia está na família. "Quando aprendemos a falar, adoptamos a pronúncia dos nosso pais".

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quinta-feira, agosto 24, 2006

China proíbe striptease em funerais

diário digital 24/08/2006

Cinco pessoas foram detidas na china por praticar striptease em funerais, segundo relatos da imprensa do país. Esta prática foi recentemente proíbida no país.

Algumas localidades rurais chinesas costumam adoptar esta prática para aumentar o número de pessoas presentes num funeral, sendo que as multidões nestas ocasiões são consideradas um sinal de honra.

No distrito de Jiangsu, foram presas várias pessoas por promoverem este tipo de performances. As autoridades locais determinaram que a tradição deveria chegar ao fim e que os planos para realizar qualquer funeral deveriam ser apresentados com antecedência, de acordo com informações de uma agência de notícias chinesa.

Além de proibir esta tradição, as autoridades promoveram a denúncia telefónica destes casos.



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Galinhas e porcos também têm direitos

«Primeiro passo para respeitar os animais é deixar de comê-los»

portugal diário 24/08/2006

A Associação ANIMAL, organização não-governamental de defesa dos animais, anunciou esta quinta-feira o lançamento da campanha «Animais Excepcionais», que procura educar os portugueses para a importância de respeitar e proteger os animais de quinta.

Segundo Miguel Moutinho, presidente da ANIMAL, esta é uma campanha «inédita em Portugal», que tem como principal objectivo «dar a conhecer os animais de quinta, como galinhas, perus, porcos ou ovelhas, usados na indústria alimentar».

A campanha «Animais Excepcionais» visa «educar para mudar comportamentos e levar o público a preocupar-se mais com os animais que apenas conhece quando estão no seu prato».

«Para a maioria das pessoas, estes animais são apenas fonte de alimento», disse à agência Lusa Miguel Moutinho, defendendo que estes animais domésticos são «tão notáveis como outros animais de companhia» devendo «ser respeitados por todos».

«E o primeiro passo para respeitar os animais é deixar de comê-los», acrescenta.

É neste âmbito que se insere «Seja Vegetariano», uma segunda campanha também promovida pela Associação ANIMAL e lançada esta quinta-feira.

De acordo com o presidente da associação, esta campanha fará «chegar ao público português a mensagem saudável do vegetarianismo e dos benefícios que uma dieta vegetariana pode trazer para a saúde».

«Seja Vegetariano» é uma campanha coordenada por Vanda Botelho, uma dietista que diz «acreditar nos muitos benefícios para a saúde do vegetarianismo», bem como «nas razões éticas que estão na base da escolha de uma dieta vegetariana».

Miguel Moutinho prevê para ambas as campanhas «uma boa aceitação por parte do público», apesar de reconhecer tratar-se de um «trabalho progressivo».


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quarta-feira, agosto 23, 2006

detidas por canibalismo

jornal de notícias mundo, hoje

Seis pessoas detidas por canibalismo


Pelo menos seis pessoas estão detidas em Gorongosa, província de Sofala, centro de Moçambique, acusadas de consumir carne humana, incluindo um casal que confessou ter cometido o crime a mando de feiticeiros, anunciou a Polícia moçambicana. Na semana passada, um casal foi indiciado de estar na origem do desaparecimento de dez cadáveres de crianças sepultadas e de violar outras campas de onde exumaram os corpos para consumo.

O casal, com 34 e 50 anos, disse à Polícia que se dedica ao canibalismo por instruções de médicos tradicionais, supostamente para se defenderem de eventuais problemas mentais, que os levariam à demência.

O chefe das operações do Comando distrital da Polícia da República de Moçambique, Francisco Alexandre, disse que todos os detidos "confessaram os seus crimes, mas, tal como no caso do casal, associam a sua actividade a práticas tradicionais e de curandeirismo".

Alexandre afirmou que, na passada segunda-feira, a Polícia deteve três mulheres que possuíam "maior quantidade de carne e ossos humanos, comparativamente aos encontrados com o casal". Os suspeitos foram detidos após denúncia de populares.

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matéria escura

Colisão de galáxias revela matéria escura

jornal de notícias sociedade e vida, 23/08/2006


"A matéria escura deve existir e deve constituir a maior parte da matéria no universo". A afirmação é de um investigador da Universidade do Arizona, Douglas Clowe, na sequência da observação de uma "gigantesca colisão" entre dois grupos de galáxias.

Tratando-se da "primeira prova directa" de que a matéria escura existe, a colisão foi observada e estudada devido aos dados fornecidos pelo telescópio espacial de raios-X "Chandra" e pelos telescópios "Hubble" e "Magalhães".

A colisão provocou a separação da matéria "normal" conhecida da matéria "escura" que, de acordo com os cientistas, constitui a maior parte da massa e controla a gravidade.

A matéria escura não pode ser vista, por não emitir nem reflectir luz suficiente, mas representa 25% do universo, comparado com 5% da matéria comum, sendo os restantes 75% formados por energia escura.

O conceito de matéria escura é conhecido desde os anos 60, quando os astrónomos concluíram que as galáxias como a Via Láctea giravam sobre si próprias muito mais depressa do que a sua massa conhecida o permitiria. Esta ideia originou opiniões divergentes no seio da comunidade científica. Uns, consideraram que esse facto questionava a lei da gravidade, enquanto que outros imaginaram a existência nas galáxias de uma massa desconhecida, denominada "matéria escura".

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terça-feira, agosto 22, 2006

Bin Laden adorava Whitney Houston

portugal diário 2006/08/22 | 20:35

São raras as notícias sobre Bin Laden que dão vontade de rir, mas esta é uma delas. O líder da Al-Qaeda foi obcecado pela cantora nortre-americana Whitney Houston, lê-se num livro publicado recentemente.

Segundo a autobiografia da escritora sudanesa Kola Boof, o terrorista chegou mesmo a querer casar com a artista americana. E como sabe Kola Boof estas coisas? A escritora alega ter sido amante de Bin Laden, contra a sua vontade, em 1996, avança a SkyNews esta terça-feira.

Excertos da autobiografia de Kola Boof, Diary of a Lost Girl, (Diário de Uma Rapariga Perdida) foram publicados na revista Harper's.

«Ele disse-me que a Whitney Houston era a mulher mais bonita que ele alguma vez tinha visto», lê-se.

«Ele queria oferecer uma mansão a Whitney Houston».

«Ele disse-me que para possuir Whitney teria de quebrar a sua regra de cor e fazer dela uma das suas esposas».

Bin Laden passava a vida a dizer que ela (Whitney) era «linda», que tinha um «sorriso lindo» e que era «verdadeiramente islâmica».

O líder dizia, alega a escritora, que a cultura norte-americana e o seu marido Bobby Brown tinham feito «uma lavagem cerebral» à cantora. Bin Laden chegou a falar em matar o marido de Whitney, lê-se no livro.

Mas o fascínio de Bin Laden pelas terras de Sam não acaba com Whitney Houston. Boof também alega que o líder do Al-Qaeda passava a vida a falar das suas séries favoritas, entre elas, Miami Vice e o Macgyver.

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sábado, agosto 19, 2006

Televisão alivia a dor

Teste realizado em crianças mostrou resultados surpreendentes

portugal diário 19/08/2006

Investigadores da Universidade de Siena, Itália, estudaram os níveis de dor relatados por 69 crianças entre os 7 e os 12 anos enquanto faziam análises. De acordo com uma notícia publicada no site da «BBC», algumas das crianças eram distraídas pelas mães durante o procedimento, algumas não tinham qualquer distracção e outras, ainda, assistiam a desenhos animados na televisão. Os que viam televisão sentiram menos dor, segundo o estudo.

As crianças foram divididas aleatoriamente em três grupos e nenhuma delas levou qualquer tipo de anestesia. Depois das análises terem sido feitas, as crianças e as mães avaliaram os níveis de dor verificados.

Os resultados foram surpreendentes. As crianças que não tiveram nenhum tipo de distracção registaram níveis de dor três vezes superior à das que viram televisão. Mesmo as crianças que tiveram as mães a distrai-las, acalmando-as ou acariciando-as «sofreram» mais com o procedimento.

Os resultados deste estudo sugerem ainda que as crianças que viram desenhos animados não só sentiram menos dor, mas também tiveram uma maior tolerância a ela.

O investigador Carlo Bellieni disse que ver televisão pode simplesmente desviar a atenção, mas também é possível que o prazer que gera estimule a liberação de hormonas chamadas endorfinas, que agem como analgésicos naturais.

Na sua opinião, os serviços de saúde deveriam usar a televisão para reduzir o sofrimento das crianças durante pequenos procedimentos que causam dor.


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não sabe o que é sentir dor

João Maria, o menino que não sabe o que é sentir dor

Sónia Morais Santos
Gonçalo Santos (foto)
em DN Tema de hoje

Pode cair pelas escadas, partir as duas pernas e continuar a andar como se nada fosse. Ou saltar de um terceiro andar. Pode trincar a língua até ficar sem ela. Sem pestanejar. O João Maria não é um super-herói, mas parece. Tem três anos, vive em Leça da Palmeira e nasceu sem a capacidade de sentir dor.

À primeira vista, dir-se-ia que não se trata de um problema mas de uma felicidade. Mas não é. Que o digam os pais, que se viram do avesso para evitar que o filho se magoe. Uma luta diária, uma vigia permanente, obsessiva. Tudo porque o João Maria não faz ideia do que é um "dói-dói".

O primeiro sinal de que o João não era um menino como os outros foi dado logo nos primeiros meses. As vacinas não o faziam chorar. E mesmo quando a enfermeira preparava os pais para os gritos do bebé - "Esta vai doer, pais, agarrem-no bem" -, João Maria nem sequer encolhia o braço. Os pais, porém, não faziam ideia do que estava por detrás desta estranha valentia. Nem sonhavam ainda que havia uma doença rara chamada insensibilidade congénita à dor com anidrose.

Com o nascimento dos primeiros dentes começaram os problemas a sério. O filho de Maria Teresa e João Paulo Barbosa formou uma ferida na língua que não sarava. Correram todos os médicos, mas ninguém acertava no problema. A fralda de pano presa à chucha chegou a estar empapada em sangue. Ao mesmo tempo, João Maria tinha febre. Sempre. Os pais, convencidos de que estava constipado, agasalhavam-no o mais que podiam. A febre, em vez de baixar, subia, e mantinha-se mesmo com os antipiréticos.

É que a doença deste pequeno "super-herói" não se fica só pela insensibilidade à dor. João Maria também não transpira. Ou seja, o seu corpo não regula a temperatura. Sobreaquece no Verão e enregela no Inverno. Ao agasalharem-no, os pais não estavam a ajudar. Mas isso só viriam a descobrir mais tarde.

Sem saberem o que fazer, os pais do pequeno João ligaram a um primo, dermatologista. Ao ouvi-los, e alarmado por um estudo que, curiosamente, tinha feito sobre o único caso português conhecido de insensibilidade à dor com anidrose (ausência de transpiração), o primo perguntou: "Ele sua?" Foi a pergunta que deu origem ao diagnóstico. Com efeito, e fazendo uma retrospectiva, os pais nunca tinham visto o João Maria suar. Daí ao diagnóstico, em Coimbra, foi um passo. Daí ao susto, às dúvidas, ao medo quanto ao futuro foi um instante. Como ensinar uma criança a ter cuidado com o fogo quando não sente dor? Como evitar que se morda? Como saber se tem uma hérnia, uma apendicite, uma perna partida, se nunca se queixa?

A dor é essencial para aprender

Trata-se, além do mais, de uma questão filosófica. É de Aristóteles a frase: "Não é possível aprender sem dor." Mas quem nasceu sem o problema do João Maria nunca pa- rou para pensar na importância da dor. Fugimos dela, tomamos comprimidos para a atenuar, desejamos que desapareça. Sem pensar que precisamos dela para nos lembrarmos do que não devemos fazer. É a dor que nos baliza os limites. João Maria não conhece a fronteira entre o que pode fazer e o que o coloca em risco.

É por isso que salta de pernas direitas, sem flectir os joelhos, sem defender as articulações. É por isso que galga degraus e muros, e rasga braços e pernas, e golpeia a cara sem deitar uma lágrima. E é também por isso que os pais temem pelo futuro do seu esqueleto, tantas vezes massacrado sem que ninguém dê conta. Todas as noites, pai e mãe tacteiam o seu pequeno corpo, em busca de inchaços que indiciem lesões internas, ossos partidos, doenças silenciosas.

Feito o diagnóstico, aos seis meses de idade, as peças do puzzle começaram a juntar-se. Compreendeu-se finalmente a origem da ferida na língua, provocada pelos seus próprios dentes. João Maria fazia o que todos os bebés fazem: explorava o próprio corpo. Com uma grande diferença: como não nasceu habilitado para sentir dor, podia (e pode) trincar a língua até se ferir gravemente. No Hospital Maria Pia, no Porto, recomendaram que lhe arrancassem os dentes todos, única forma de evitar que se auto-mutilasse. Os pais preferiram pesquisar outras soluções.

A falta de informação e o desnor-te são sensações comuns a quem enfrenta uma doença rara, diz a psicóloga Maria João Pimentel: "Estes pais passam pelas mesmas fases que os pais com filhos doentes, ou seja, há o momento do choque, da negação, da revolta, mas têm ainda acrescido o facto de não haver informação sobre a doença de que sofrem." Maria João Pimentel presta auxílio a pais e doentes da Raríssimas, uma associação de doenças mentais e raras (ver pág. ao lado). E sabe que todos os que passam por uma doença rara sentem o mesmo: "Sentem-se perdidos. E muito sozinhos."

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quinta-feira, agosto 17, 2006

Sociedade anónima

Publicado quarta-feira, 16 de Agosto de 2006 15:49
por Expresso Multimedia

Reginaldo Rodrigues de Almeida
Prof. universitário e autor

Na máquina do tempo, durante séculos, a enciclopédia da vida habitualmente traduzia uma realidade bem mais linear e cómoda que a actual, ou seja, na velha ordem económica e social, antes das denominadas auto-estradas da informação o mundo analógico promovia a sabedoria, verdadeiro passaporte para a “méritocracia” da álgebra do sucesso de todos aqueles que pensavam mais e melhor e consequentemente tinham uma mais esclarecida capacidade de intervenção sobre o mundo à volta.

A alta-cultura, o rendilhado da verve e a troca epistolar de alguns deixavam muitos boquiabertos tal era o grau de inteligência pressentido. Aliás, várias teorias sociais apontavam mesmo para predestinados, verdadeiros «meninos-prodígio» com capacidades inatas para as diferentes mais-valias e num ápice encontravam soluções que o muito trabalho e o suor do rosto na versão bíblica não permitia alcançar.

Todavia, no zapping de agora tudo mudou. A adrenalina e o «tic-tac» do ritmo vertiginoso das TIC criou o mundo digital, o mundo da Nova Economia, o mundo do conhecimento à distância de um clique e assim, na última vintena de anos, expressões como «capital intelectual», «geração W» ou «gestão de pessoas e processos» ganharam uma acuidade de tal ordem que obrigam incessantemente a complexos raciocínios geométricos em detrimento das meras análises aritméticas do passado.

Nos dias de hoje, nas empresas e na vida, os mais bem apetrechados intelectualmente já não são os sobredotados (se é que eles alguma vez existiram) mas sim aqueles que trabalham o conhecimento e as perícias profissionais adquiridas através da muita (por vezes demasiada) informação disponível em infinitos suportes.

No entanto, rapidez e presença ubíqua para, por exemplo, através da web estar em vários locais do planeta em simultâneo não são necessariamente sinónimos de qualidade intelectual, tão simplesmente reagentes que podem acelerar uma fórmula de sucesso e aguçar vontades para o esforço de quem quer saber mais e aposta na permanente formação contínua.

Convém não esquecer que as TIC só ensinam e ajudam quem tem condições preexistentes de aprendizagem e, se muito é o conhecimento científico que nos podem conferir, não menos certo é que o denominador comum passa obrigatoriamente pela cultura científica, pela curiosidade do querer conhecer e perceber que tudo o que é importante tem rapidamente que se tornar interessante.

Conclusão: Não existem pessoas inteligentes mas sim pessoas bem informadas...

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segunda-feira, agosto 14, 2006

Uma coisa de loucos

Invenções mais incríveis


João C. Rodrigues e Pedro Garcia Neves
correio da manhã 14/08/2006


Porta-bananas, ilhas artificiais para montar na varanda, meias especiais para esconder dinheiro, raquetes mata-moscas. A imaginação humana não tem limites. Em catálogos ou na internet há cada vez mais invenções bizarras para todos os gostos e bolsas. Não acredita?


SUDOKU HIGIÉNICO

O tão lusitano passatempo de ler sentado na sanita tem rival: o Sudoku. O jogo mundialmente famoso – Portugal não fugiu à invasão – tem agora uma versão em papel higiénico. Longo, forte e divertido, o rolo custa cinco dólares e promete fazer as delícias dos viciados no quebra-cabeças que até tem direito a ‘best-sellers’ nas livrarias. Contudo, não se esqueça de usar também um rolo normal. Para o jogo não ir pelo cano abaixo, literalmente.

CÃO LINGUARUDO

Concebida para dar ainda mais graça a um cão, a Humunga Tongue é tão original quanto bizarra. Para dar nas vistas basta colocar a língua postiça na boca do animal e passear pela rua. Ninguém vai ficar indiferente, é certo, mas podem não achar piada à brincadeira. Afinal, ver o bicho com aquele objecto de 16 ou 24 centímetros – os dois tamanhos existentes – na boca até dá pena. A maior custa 9.95 dólares, a mais pequena fica-se pelos 4.95.

UMA TOSTA DIVINA

Já havia tostas divinais, agora existem tostas divinas. Os inventores criaram dois moldes com contornos da Virgem Maria que quando colados ao pão dão-lhe tal imagem. Original e barato – custa seis dólares –, o par é claramente desaconselhável aos mais católicos. Até porque não se imagina que a imagem possa ser coberta por manteiga ou compota para ser depois consumida ao pequeno-almoço ou ao lanche. Uma invenção pouco católica.

UMA FONTE PARA GULOSOS

Fondue de chocolate é iguaria já conhecida. Novidade, mesmo, é uma fonte de viciante guloseima, onde fruta e outros produtos alimentares podem ser mergulhados ao gosto de quem não tem problemas de colesterol. Construída à base de alumínio, a Premium Chocolate Fondue Fountain custa 90 dólares, funciona com um pequeno motor, mede 40 centímetros de altura e consegue aquecer continuamente 1,5 Kg da melhor especialidade belga. A empresa disponibiliza via internet pacotes para que nunca falte sobremesa lá em casa, nas variantes: chocolate branco, de leite ou negro.

BANANAS BEM GUARDADAS

A fruta apodrece rapidamente quando transportada em dias de muito calor. Para evitar que isso aconteça, existe agora um porta-banana, concebido à base de um plástico amarelo resistente, em tudo idêntico ao fruto. Baptizado Banana Guard, só dá para uma unidade, como o próprio nome indica, e custa uns meros cinco dólares. Mas levanta uma questão pertinente: como nem todas as bananas têm a mesma forma, não será provável que algumas não caibam ali?

SACO-ESTEIRA DE PRAIA

Anunciado como prático, “este saco abre-se completamente e transforma-se numa cómoda e leve esteira de borracha macia”. Tem “alças compridas para transportar aos ombros” e, fechado, “dispõe de duas grandes bolsas para transportar a TOALHA DE PRAIA, a revista ou o creme solar”. Já agora, onde se arrumam as coisas quando aberto?

UM SPA EM CASA

A moda do Spa veio para ficar. Mas se é daquelas pessoas que não têm tempo para cuidar do corpo fora de portas, saiba que pode imitar os institutos de beleza. Basta as luzes certas na banheira para mudar a casa de banho. O par custa sete dólares e consegue estar ligado 120 horas com as mesmas pilhas. Com pétalas e a música certa, parece um Spa cinco estrelas.

DISCO-SANITA

É o último grito do ‘kitsch’. Quem quiser ter uma casa de banho que mais parece uma discoteca dos anos 70 só tem de aceder à internet e procurar pelo LavNav. O aparelho serve para agarrar à parte interior do tampo da sanita e tem duas cores: vermelho para quando a parte onde o utilizador se senta está para cima, verde para indicar que está para baixo. E não se corre o risco de desatenções. Só falta a música para a festa ser rija. Custa 20 dólares e carece de duas pilhas.

ISQUEIRO FLEXÍVEL

“A cânula longa e flexível permite acender a chama EXACTAMENTE ONDE É NECESSÁRIO, alcançando mesmo os pontos mais inacessíveis como o interior de lamparinas, FOGÕES A GÁS, etc. Ideal para acender velas de aniversário muito mais rapidamente.” Nota 1: Este produto é “fornecido sem gás”. Nota 2: A chama é proveniente da vela e já ardeu um bom bocado. Nota 3: Não era mais fácil colocar a vela no vaso já acesa?

MEIAS COM ESCONDE VALORES

“Com estas meias acabaram-se os roubos e as perdas de dinheiro! De lado de uma das meias encontrará um compartimento com fecho de correr para esconder documentos, notas e outros valores. Absolutamente iguais a qualquer outro tipo de meias, ninguém perceberá onde esconde o dinheiro.” De facto, esta é a solução infalível que irá dar a volta aos carteiristas e acabar com a criminalidade. E nada melhor do que, por exemplo, acabar de almoçar num restaurante e ir à meia buscar o dinheiro para pagar. Melhor ainda em tempo de praia.

GARRAFA OU VELA

Os dois objectos ao mesmo tempo. É verdade, para os casais que querem dar um clima romântico ao jantar a dois existe agora uma garrafa que ilumina qualquer relação. O lote de três, feito em cera e com o pavio na rolha, imita na perfeição outros tantos vinhos, todos completamente diferentes, da cor do néctar ao rótulo usado. Uma custa 5.95 dólares, as três ficam por 14.95.

REPELENTE DE MELGAS E MOSQUITOS POR ULTRA-SONS

“Utilize a energia GRÁTIS do Sol para carregar este repelente de melgas e mosquitos. Mantém à distância os insectos emitindo ultra-sons numa frequência compreendida entre 5000 e 9000 HZ. De noite funciona com toda a eficácia durante 8-10 horas, após se ter recarregado durante o dia. PILHA: 1.2 V NI-MH DE BOTÃO, INCLUÍDA”, diz no catálogo que disponibiliza o aparelho. São precisas mais palavras?

KARATECA DOS FRACOS

É a prenda ideal para quem ainda sonha tornar-se num ‘Karate Kid’ de trazer por casa. O Breakboard Challenge imita aquelas tábuas grossas que os artistas partem nos filmes de artes marciais e, ao longe, parecem ser reais. O segredo está numas tiras de madeira muito finas que são colocadas no interior das mais fortes. Assim não há risco de partir um dedo, já que mesmo com pouca força é fácil ser bem sucedido. O conjunto traz suporte e 75 placas prontas a serem destruídas. Tudo por 20 dólares.

CERVEJINHA SEM RUPTURAS DE STOCK

O Mundial de Futebol já acabou mas o campeonato nacional está à porta e com ele as habituais petiscadas regadas a cerveja. Para evitar idas repentinas ao supermercado mais próximo com vista a repor o ‘stock’, uma empresa do Canadá inventou uma máquina que produz sem falhas o néctar de cevada. O modelo 2000 da Beer Machine está à venda online por 100 dólares, funcionando com umas saquetas com um pó mágico 100 por cento natural – faz lembrar aquelas caipirinhas instantâneas –, em sete a dez dias transformado em cerveja. Dá para 17 ‘pints’, a medida inglesa tão usual nos bares britânicos, e tem o estilo e o manuseamento de uma máquina profissional. As saquetas extra custam 32 dólares, trazem três sabores diferentes e dez recargas de CO2. É caro, mas é um luxo.

MATAR MOSCAS COM RAQUETE

Provavelmente desconhecedora da existência do clássico mata-moscas, uma mente cheia de imaginação decidiu criar uma arma contra tão repugnante insecto. Deve ser amante de ténis, já que a invenção baptizada Racquet Style Bug Zapper é, nada mais, nada menos, do que uma raquete de plástico onde as cordas foram substituídas por uma rede que tem a particularidade de ser electrificada graças à existência de um compartimento para pilhas no cabo. Não há nada que enganar, se a mosca ficar viva após a pancada por certo cai devido ao choque. O preço? Uma pechincha: 10 dólares.

REPELENTE INDOLOR PARA RATOS E TOUPEIRAS

“Nada de venenos nem poluentes. Nada de animais mortos para remover. Este dispositivo inovador apenas afugenta o animal em definitivo. Trata-se de um tubo que se crava na terra e que, de 15 em 15 segundos, produz uma vibração sentida numa área de 300m2. Assustada por este misterioso ‘TREMOR DE TERRA’, a bicharada indesejável foge imediatamente.” Pobres bichos que terão de se mudar por não suportarem os abalos sísmicos provocados por este tubo.

ILHA DESERTA NO QUINTAL

Tem duas palmeiras com mais de dois metros de altura, quatro cocos falsos, uma cama de rede e um suporte para cocktails. Para quem não tem férias esta ilha deserta é a oitava maravilha do mundo. É quase igual às Maldivas, mas sem risco de furacões ou escaldões. Porquê? O clima em Portugal é mais temperado e estas árvores são tão especiais que reproduzem o som do mar e emitem uma leve brisa, ideal para os dias tórridos. O paraíso chama-se ‘Desert Island Hammock’ e custa 4320 euros.

BLOCOS DE GELO QUE CABEM NUMA GARRAFA

“Os cubos de gelo normais cabem num jarro, num copo... mas não numa garrafa. Estes reservatórios cilíndricos vêm resolver o problema, porque É MUITO MAIS PRÁTICO PÔR GELO, UMA ÚNICA VEZ, NUMA GARRAFA, do que em cada um dos copos a servir.” A dúvida é: como é que se colocam os BLOCOS DE GELO numa garrafa cheia sem desperdiçar uma boa parte do líquido?

GUARDA-CHUVA DOBRÁVEL

“Para aguaceiros imprevistos, eis o original guarda-chuva dobrável que, aberto, tem o padrão de uma bola de futebol.” Esta é a informação dada pelo catálogo que anuncia este produto como sendo uma “NOVIDADE”.

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Operário arrasa Einstein

Relatividade em causa

João Saramago / R.A.C.
correio da manhã 14/08/2006

Em Junho de 1905, Albert Einstein deu a conhecer a Teoria da Relatividade ao Mundo. Nestes 101 anos, centenas de investigadores e autodidactas contestaram a famosa equação E=mc2. Entre eles surge agora um operário de Ílhavo que afirma existirem “diversos erros na teoria do físico”.

António Saraiva explica que ao fim de 25 anos de intensa investigação conseguiu construir “uma nova teoria que permite unificar a Teoria da Relatividade com a mecânica quântica”. Uma proeza “nunca alcançada”, diz.

Para provar que os seus modelos matemáticos estão correctos, a António Saraiva falta-lhe apenas realizar uma viagem num avião capaz de voar a 900 quilómetros/hora munido de um pequeno aparelho chamado ‘interferómetro laser diferencial’.

Quando Einstein deduziu a equação E=mc2 (a energia é resultado da multiplicação da massa pela velocidade da luz ao quadrado) levantou a possibilidade de transformar um pouco de matéria em quantidades enormes de energia, capazes de criarem uma arma mortífera. Os seus estudos, involuntariamente, estiveram na origem da bomba atómica, que em Agosto de 1945 arrasou Hiroshima e Nagasaki.

Para António Saraiva, a contribuição de Einstein “não pode, no entanto, ter tido tal alcance porque a sua Teoria da Relatividade baseou-se em postulados errados”.

“É errado dizer que Einstein foi decisivo para a criação da bomba atómica”, diz, contrariando a célebre frase do físico alemão: “Se eu soubesse que iam fazer a bomba, tinha sido sapateiro.”

Saraiva discorda do postulado de Einstein da “constância da velocidade da luz” e afirma que “a velocidade da luz varia de acordo com a velocidade do emissor e do receptor”. O técnico industrial também discorda do físico alemão sobre “a existência de laboratórios fechados em que não é permitido distinguir o estado do movimento do repouso”. “A posição de Einstein não faz sentido, porque não se pode parar a força da gravidade”, defende.

“Perante estes erros, a Teoria da Relatividade deixa de funcionar para as partículas subatómicas e, por isso, não consegue unificar-se com a mecânica quântica”, diz.

Mas António Saraiva diz ter descoberto o modelo matemático que permite conciliar a relatividade com a mecânica quântica – área da Física que estuda o movimento específico de partículas muito pequenas, ou seja, ao nível microscópico.

“A fórmula encontrada”, defende, “visa uma explicação unificada de todos os mecanismos das quatro forças da natureza: electromagnética, forte (protões e neutrões), fraca (posões WIV) e gravidade”.

Para elaborar as conclusões da sua teoria, António Saraiva precisa agora de um avião para testar raios de luz num interferómetro, devido “à velocidade elevada do avião e à existência de velocidade reduzida”.

O objectivo do voo é simples: “Provar que os raios de luz atingem velocidades diferentes.”

PERFIL

António José Saraiva nasceu a 28 de Outubro de 1960, em Ílhavo. Com o 11.º ano de escolaridade, concluiu depois o curso geral de pilotagem da Escola Naútica. Divorciado e com um filho, exerce a profissão de técnico de electrónica. António José Saraiva tem o seu trabalho publicado no endereço da internet do físico canadiano de origem russa, Walter Babin (www.wbabin.net). O gosto pela física surgiu aos 18 anos, na escola. Desde então, não mais parou na tentativa de desvendar aquilo que diz serem os erros da teoria de Einstein.

Nos últimos dois anos criou um interferómetro. Um aparelho com cerca de 50 centímetros de comprimento e 30 de largura, com o qual, sentado no banco de um passageiro de avião, pretende provar que a velocidade da luz não é constante. Para isso, é criado no aparelho um fio emissor de raios lazer que bate num espelho e divide a luz em várias direcções. O aparelho conta ainda com dois detectores fotoeléctricos que detectam a luz. Num tempo de microsegundos são observadas variações na velocidade.

António Saraiva diz que ao longo destes anos consultou centenas de trabalhos científicos pelo que entende não ser necessário a licenciatura em Física.

PORTUGUÊS ABALA ALICERCES DA FÍSICA

A contestação da Teoria da Relatividade já trouxe celebridade mundial a um português: João Magueijo de seu nome, investigador de Física no Imperial College de Londres. Com a Teoria da Velocidade da Luz Variável, João Magueijo publicou, com 36 anos, o livro ‘Mais Rápido do que a Luz’, em 2004.

A polémica foi tanta, ou tão pouca, que as primeiras dez mil cópias do livro foram literalmente destruídas, acabando o livro a ser reescrito por advogados. A ideia foi a de retirar as expressões mais excessivas. É que, ao questionar o postulado de que a velocidade da luz no vácuo é constante (300 mil quilómetros por segundo) e ao admitir que em certas condições ela poderá ser mais rápida, João Magueijo abala os alicerces de toda a Física Moderna, obrigando a reescrever a História da disciplina. Até aqui, o trabalho tem sido o de convencer os pares, cientistas, a aceitarem a teoria como séria e a sujeitá-la a provas experimentais.

QUEM FOI O CIENTISTA

Albert Einstein nasceu na Alemanha em 1879 e morreu nos Estados Unidos em 1955. A Teoria da Relatividade alterou as concepções vigentes, no início do século passado, sobre o tempo e o espaço. Ganhou o Prémio Nobel da Física de 1921 pela correcta explicação do Efeito Fotoeléctrico. Após a formulação da Teoria da Relatividade, Einstein tornou-se mundialmente famoso, à época algo pouco comum para um cientista.

Em Portugal, o professor António Santos Lucas foi um dos primeiros do Mundo a dar aulas sobre a Teoria da Relatividade, a partir de 1922. Nos anos 30, Gago Coutinho (anti-relativista) e Ruy Luís Gomes não se entendiam sobre a Teoria. Einstein foi nomeado sócio da Academia de Ciências de Lisboa, em 1932, e trocou correspondência com o físico António Gião.


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sábado, agosto 12, 2006

Primeiro computador pessoal

Primeiro computador pessoal nasceu há 25 anos

O computador pessoal, uma das invenções que mais revolucionou o mundo empresarial e de entretenimento nos últimos anos, celebra hoje o seu 25º aniversário.

diário digital
12-08-2006 2:47:03

A 12 de Agosto de 1981, a IBM apresentou o seu primeiro PC ('personal computer', em português computador pessoal) a um preço inicial de 3.280 dólares.

Tratava-se de uma máquina com 11 quilos de peso e apenas 15 centímetros de altura, com um pequeno monitor (27,94 centímetros) a branco e preto.

Dada a rápida evolução tecnológica por que passou entretanto a indústria informática, o primeiro computador pessoal parece já uma relíquia resgatada da Pré-História.

O primeiro PC da IBM, cuja divisão de computadores pertence agora à empresa chinesa Lenovo, integrava um microprocessador Intel 8.088 de 16 bits a 4,7 megahercios (MHz) e 16 kilobytes de memória RAM.

O invento revolucionário conseguiu um maior acolhimento do que o prognosticado pelos analistas de então e invadiu rapidamente os escritórios, dos Estados Unidos à Europa e à Ásia.

Segundo fontes da Lenovo, as previsões de vendas para os cinco primeiros anos de comercialização eram de 241.683 dólares, número que foi ultrapassado só num mês; em Dezembro de 1984, já tinham sido vendidos 250 mil computadores pessoais.

Mesmo assim, os analistas vaticinaram que em finais do séc. XX haveria uns 80 milhões de computadores pessoais em todo o mundo, muito abaixo dos 500 milhões que já tinham sido vendidos no ano 2000.

O director do Desenvolvimento de Negócios e Marketing da Lenovo para Espanha e Portugal, Pascual Martínez, diferencia três etapas na evolução dos PC, uma invenção que nasceu para «revolucionar e para se introduzir na vida diária das pessoas».

Segundo ele, o computador pessoal viveu uma primeira etapa, na década dos anos 80, em que se alargou no âmbito empresarial e ajudou a transformar toda uma série de processos de trabalho.

Posteriormente, em princípios da década de 90, o desenvolvimento das aplicações gráficas facilitou o uso daquelas máquinas por parte de qualquer pessoa e permitiu a sua introdução em todos os lares.

Esta segunda etapa de desenvolvimento acelerou-se a partir de 1994 com a incorporação do CD-ROM, o que aumentou as possibilidades do uso do computador no campo do entretenimento, com os conteúdos musicais e de vídeo, e os jogos.

Além disso, outro factor determinante foi a chegada do computador à universidade e a sua utilização por parte dos estudantes para prepararem as suas tarefas e trabalhos, recorda Pascual Martínez.

Contudo, em 2000 chegaria a autêntica revolução do mundo informático graças à Internet e à sua rápida expansão em todo Mundo.

O dirigente da Lenovo indica que, nesta nova etapa, o PC transformou-se numa ferramenta extremamente útil para estabelecer comunicações em tempo real e aceder à informação a partir de qualquer lugar e a qualquer momento, uma vantagem ainda mais patente com a generalização dos computadores portáteis e com as tecnologias em rede.

Sobre o futuro do computador pessoal, a Lenovo promete novos avanços no contínuo processo de miniaturização das máquinas.

Segundo Pascual Martínez, os computadores do futuro primarão por uma ainda maior mobilidade, leveza e «conectividade total».



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sexta-feira, agosto 11, 2006

Casas de terra molhada

outra obra:



Casas de terra molhada



Isabel Lucas
José Carlos Carvalho (foto)


Os homens de Relíquias constroem casas como as que os mouros faziam há muito tempo e o barulho que a obra tem ouve-se menos que o do calor à uma da tarde. É que para António e para Jorge, construtores de paredes de terra, o calor tem um som que às vezes pesa mais que o do silêncio. É feito do bater das asas dos besouros, do voo dos insectos, e àquela hora abafa qualquer conversa. Estão empoleirados em muros de terra num monte a dez quilómetros da Zambujeira do Mar e dizem que o calor ali se ouve menos que "nas Relíquias", e as Relíquias só ficam um pouco mais "para dentro", a nordeste de Odemira. "Aqui sempre sopra o vento do mar que refresca a gente", diz António enquanto calca a terra com um objecto de madeira igual ao que tantos homens usaram em muitas gerações anteriores à sua.

António faz casas de terra e enquanto as faz não há barulho que não o do malho a cair na taipa húmida. É um som abafado, grave, que fica enterrado mal os braços descem. Não há betoneiras nem gruas, não se parte tijolo nem pedra. É só terra calcada e os braços de sete homens protegidos do sol por sete chapéus. A terra abafa o som da obra e os homens não se ouvem no zumbido dos insectos. Também a voz de Jorge mal se escuta. Enche baldes de terra tirada do pinhal, ali mesmo ao lado. É terra escura que vai temperando com areia e cascalho e amolece depois com água e um regador, até que a massa fique moldável. "Não pode estar nem muito molhada nem muito seca senão a parede racha", explica António do alto do muro e sem interromper os gestos, o sincopado do acamar da terra.

Jorge é novo. O mais novo dos sete, e há dois anos que se juntou aos outros para fazer casas de terra. Diz que gosta, mas falta-lhe convicção. Diz que "é moda" e aí já sorri. Rega a terra e por vezes agarra-a com as mãos, faz dela uma bola para lhe testar a consistência e atira-a para o monte. Os outros homens estão em cima de muros que hão-de ser paredes de uma casa e esperam a terra que Jorge lhes há-de levar em baldes. A essa terra como a que Jorge faz, moldada depois entre dois taipais de madeira, chama-se taipa e é dela que estão a nascer cada vez mais casas na região de Odemira.

Rudolfo Muller começou a construir uma há dois anos e já vive nela. "Tem um óptimo isolamento térmico e acústico", afirma. Este suíço que se instalou em Portugal há 23 anos (ver texto ao lado) diz que não é um fundamentalista da natureza, mas ao saber das qualidades da taipa não hesitou. "Um dos segredos está na espessura das paredes e no modo como a terra é comprimida", adianta. Ao contrário dos tijolos de adobe, a taipa não se transporta em peças. É construída directamente na obra, por fases, e a cada uma chama-se taipal. António, velho conhecido de Rudolfo, ajuda na explicação como pode. "Um taipal leva 115 baldes da mistura de terra, pedras, areia e água; tem dois metros de comprimento, 50 centímetros de largura e de altura e entre três e quatro horas de trabalho". Depois é deixar secar e acrescentar-lhe outra nova, até ficar parede que não deve ser pintada antes de um ano, para que saia toda a humidade, porque "só a humidade destrói a taipa".

No Monte da Choça, onde Rudolfo mora, bem perto de S. Teotónio, já havia casas de taipa com paredes de reboco, caiadas de branco, como quase sempre se fazia no Alentejo. Era assim, até a tradição se perder quando a taipa passou a ser olhada como "coisa de pobres". Rudolfo decidiu preservá-la na nova casa, mas quer dispensar o reboco de uma das fachadas e pintá-la de ocre. Será então ocre sobre taipa e da cor da taipa "no lado onde bate o vento".

E na casa de Rudolfo a taipa tem a cor da cortiça acabada de tirar. Já na que António e Jorge constroem parece cortiça seca. "Depende da terra", explica António, e Rudolfo também sabe que a taipa tem a cor do chão com que é feita. Ficou de levar umas cervejas aos homens e eles cobram-lhe a promessa. Estão ao sol desde as oito da manhã e só irão para a sombra quando forem seis da tarde. Há um mês que erguem as paredes da casa do monte vizinho de Rudolfo e elas ainda não levam o tamanho de um homem, "nem nada que se pareça". Jorge, que vive numa casa de tijolo, diz que há trabalho para mais um ano. António, que sempre viveu numa casa de taipa, gostava que esta já tivesse tecto porque não há nada mais fresco. Só que a taipa só se constrói ao sol e é por isso que António encolhe os ombros sem nunca deixar de calcar a terra. "Há coisas piores. Como tirar cortiça. Pelo menos aqui não há formigas..." E pior que isso "é andar nas minas, estar enterrado, sem ver o Sol", acrescenta Jorge.

António e Jorge controem casas de taipa, mas também fazem casas de tijolo. Gostam que a taipa "seja agora coisa chique".



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Assumir a relação

há mais do que notícias nos jornais, há coragem e frontalidade, bom senso e coerência suficientes para tornar agradável uma leitura concordemos ou não com o ponto de vista ...




Fernanda Câncio
fernanda.m.cancio@dn.pt


Aquela coisa que em tempos era, com sobranceria, apelidada de coscuvilhice alcandorou-se a profissão. Há gente que vive de policiar a vida alheia. Há revistas só para isso, jornais que fingem fazer outras coisas mas só fazem isso, tempo de antena para isso.

No programa da manhã da SIC, uma ex-Miss Portugal e uma astróloga ou taróloga ou lá o que é, mais uns rapazes que para além daquilo não se sabe o que fazem, discutem com desembaraço vidas sortidas, explicando o que se pode e não se pode fazer, o que fica e o que não fica bem, e quais as "obrigações" das "figuras públicas". Na TVI, um grupo de senhoras que parecem ter sido escolhidas por não se saber quem são e o que fazem discorrem com igual alegria sobre os mesmos assuntos.

E os assuntos são, invariavelmente, quem anda e não anda com quem, quem está feliz e quem está infeliz, quem assume a relação e quem não assume a relação. Para este universo, o "assumir da relação" é uma espécie de climax. Para a indústria chamada "do coração", que vive de vigiar as "relações", existentes ou a existir, entre os que apelida de "famosos", as assunções plenas e fotografadas olhos nos olhos e mão na mão junto à lareira/piscina, com declarações mútuas de dedicação para além da morte e de paixão e felicidade sem limites, são uma exigência. Tudo o que não se pareça com isso é clandestino, suspeito, talvez até ilegal.

"As pessoas têm o direito de saber", ouve-se nas rodas de comadres das TV e repete-se em publicações consideradas de "informação geral", em nome, imagine-se, da "democracia". Este "direito de saber" inclui as fotos à traição e à força, "revelações" sobre quem dançou com quem , quem beijou quem, quem fez topless. As regras são simples: é fora de casa, é público; é público, é publicável; quem se mostra uma vez legitima todas as intrusões; quem não se mostra está a esconder algo, logo, legitima todas as intrusões. A indústria tem sempre razão.

Contra isto, nenhum argumento é aceite, nenhuma lei eficaz. Proteste-se ou processe-se e é-se acusado de "falta de transparência", "censura", ou, mais uma vez, "ter algo a esconder". Para esta nova polícia de costumes, preservar é sonegar, recusar "esclarecimentos" é crime. Em poucos anos, aqueles que decorreram desde o triunfo desta inquisição, o que era considerado o cúmulo da vulgaridade - a exposição da intimidade -, passou a norma. Na relação entre o direito à reserva da vida privada, garantido pela Constituição, e o "direito" à intrusão, proclamado pela confederação dos alcoviteiros, ganhou o que vende mais. Perdeu a liberdade, claro. E essa coisa chamada amor. Mas isso, assuma-se, nunca interessou a ninguém.

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"escândalo" das comissões bancárias

PCP contra "escândalo" das comissões bancárias e arredondamentos de taxas de juro

11.08.2006 - 15h31 Lusa no público

A Comissão Política do PCP insurgiu-se hoje contra "o escândalo" das comissões bancárias e dos arredondamentos das taxas de juro, que "penalizam fortemente as famílias", e exigiu a intervenção do Banco de Portugal e do Governo.

"Se a subida das comissões bancárias já penaliza fortemente as famílias, é inaceitável que o Governo e o Banco de Portugal não intervenham no sentido de acabar com o escândalo que constituem os arredondamentos para cima das taxas de juro do crédito à habitação", refere um comunicado do PCP.

Com o arredondamento do valor das taxas de juro, as instituições bancárias têm ganho anualmente, no mínimo, 73 milhões de euros, de acordo com contas feitas pela Associação Portuguesa dos Consumidores e Utilizadores de Produtos e Serviços Financeiros.

O secretário-geral da Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (Deco) admite tratar-se de uma situação irregular e defende que a situação deve ser rapidamente avaliada pelo Banco de Portugal.

O PCP destaca que o relatório de Julho do Banco de Portugal "põe a nu a brutal contradição entre a saúde financeira da banca, que registou um crescimento dos lucros em 2005 superior a 70 por cento, e a doença da generalidade das outras áreas económicas".

A Comissão Política do PCP assinala ainda que "o escândalo assume maior dimensão" quando se confirma que os bancos se "afastam cada vez mais", no valor que pagam ao Estado, do imposto sobre os lucros definido por lei.

Para o PCP, o sistema fiscal português "é desequilibrado e socialmente injusto" e promove desigualdades já que enquanto a banca pagou, em 2004, 12,5 por cento sobre os seus lucros, as famílias portuguesas suportaram uma taxa de tributação entre os 24 e os 34 por cento sobre o seu rendimento.



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quinta-feira, agosto 10, 2006

Muros, muralhas e prisões

as visões subjectivas também são raras !

João Caraça
Director do Departamento de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian


diário de notícias em 10/08/2006

De vez em quando, a superfície do globo cobre-se de novos traçados. Primeiro foram os rios, depois os trilhos e os caminhos, as estradas, os caminhos-de--ferro e as auto-estradas. Mas outros traçados surgem também, de natureza diferente. Chamam-se muros e muralhas e servem para proteger a propriedade privada, bem como o regime político conjuntural que a regula.

As muralhas mostram-se eficazes ao impedirem que os valores imobiliários que encerram sejam apoderados por alheios durante um certo intervalo de tempo (sempre efémero, em termos históricos). Já a mesma eficácia não existe quanto à garantia de autonomia para as pessoas que vivem à sua sombra. Mesmo que, ao princípio, os muros lhes dêem uma impressão de segurança, em breve se transformam em barreiras mentais que toldam a percepção. Os muros são prisões. As muralhas servem apenas para impedir que os de dentro se juntem aos de fora e subvertam o regime de propriedade vigente.

Todas as muralhas acabam por ser desmanteladas. Que o diga a Grande Muralha da China, que manteve o povo chinês durante séculos na crença das delícias e da sublime origem do Império do Meio. Ou os recintos amuralhados medievais, quase todos tomados por cerco, à parte honrosas excepções. Mas que depressa se tornaram obsoletos debaixo das salvas de canhão que anunciavam a modernidade. Ou ainda o Muro de Berlim, defendendo um regime incapaz de manter o quadro simbólico donde extraíra no passado a sua coesão. Todos acabaram do mesmo modo. No chão ou reaproveitados em novas edificações pelas sociedades que lhes sucederam.

Parece que a lição deveria ter sido aprendida, mas tal não aconteceu, curiosamente, ou talvez não. O Governo federal americano constrói célere um muro na fronteira com o México para supostamente diminuir a imigração de "hispânicos". Também os israelitas se afadigam a aprimorar o muro que os segrega dos outros palestinianos. O prof. Immanuel Wallerstein alerta-nos para este facto, num dos seus recentes comentários quinzenais (http/fbc.binghamton.edu/commentr.htm). Que razões poderão levar dois Estados, que se mostram tão racionais na concepção de equipamento científico para uso militar, a ignorar grosseiramente a evidência empírica que decerto conhecem? Que capacidade estratégica demonstram na liderança para um desenvolvimento sustentado dos povos que dirigem?

A resposta é simples: as supostas elites em causa sentem-se perdidas e tentam enganar o tempo, sem olhar à tragédia e ao sofrimento humanos que impõem pelo uso da força, até ao fim.

No fundo, apenas enganam umas tantas almas piedosas, que acreditam na moralidade dos direitos de propriedade que herdaram.

É sabido que as almas não desaparecem facilmente deste mundo.

Mas dizem também os entendidos que são infecundas.



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segunda-feira, agosto 07, 2006

reactor nuclear ilegal



Polémica: Funciona há 45 anos em Sacavém sem licenciamento

Portugal tem um reactor nuclear de investigação a funcionar, há 45 anos, em Sacavém, sem estar licenciado. Esse facto levou a Comissão Europeia a abrir um contencioso contra o nosso país, em 1 de Abril de 2004, sem resultado.

Os vários governos sempre souberam do caso, mas nada foi feito para alterar esta lacuna. A consequência é a falta de fiscalização da actividade do reactor pelo Estado – apesar de produzir material radioactivo. Numa altura em que o nuclear voltou ao debate nacional, ambientalistas consideram que a situação pode implicar riscos para a saúde pública.

Estas denúncias constam de um documento enviado pelo Instituto do Ambiente ao Ministério do Ambiente, a que o CM teve acesso. Ali se revela que da actividade do Reactor Português de Investigação, instalado na Estrada Nacional 10, em Sacavém, resultam resíduos radioactivos que têm vindo a ser armazenados, temporariamente, no Instituto Tecnológico e Nuclear.

Por esclarecer está ainda qual a entidade que se responsabilizará pela escolha do sítio para o depósito final desses resíduos radioactivos.

PLANO NACIONAL

É considerado imperioso decidir se cabe ou não ao Ministério do Ambiente a responsabilidade de elaborar um plano nacional de gestão de resíduos radioactivos, uma imposição da Comissão Europeia face ao incumprimento do Estado português em aplicar a legislação comunitária em vigor.

O desmantelamento do reactor nuclear é considerado a melhor solução, uma vez que “os problemas mais difíceis com que o País se confronta seriam resolvidos se não se insistisse em prolongar a vida útil do reactor”.

DESMANTELAMENTO

A continuidade da actividade do Reactor Português de Investigação coloca preocupações crescentes, uma vez que esta unidade de investigação está inserida no meio urbano.

Os subscritores do documento defendem que é preferível planear e licenciar o desmantelamento do reactor, que não poderá escapar a essa decisão num futuro não muito distante, em vez de optar pelo processo de licenciamento para o exercício da sua actividade, uma situação que seria “irónica” ao fim de 45 anos.

Susana Fonseca, da Quercus, admite ao CM o desconhecimento da organização ambientalista face à falta de licenciamento do reactor nuclear português.

“Qualquer infra-estrutura precisa de licenciamento para que possa ser feita uma avaliação. Se não foi emitida uma licença para o reactor significa que está a funcionar na ilegalidade. Como consequência não há uma autoridade do Estado a fiscalizar e a acompanhar a sua actividade e um reactor nuclear, mesmo de âmbito de investigação, sem produzir energia, é uma estrutura de risco para as populações, pois não está isenta de acidentes.”

Aquela ambientalista aponta não apenas a falta de conhecimento sobre as condições em que funciona aquela unidade de investigação científica como afirma ser do desconhecimento geral as suas actividades. O CM tentou ouvir o Ministério do Ambiente sobre o assunto, mas não foi passível obter qualquer comentário em tempo útil.

PLANO NACIONAL SEM CONTEÚDO

Uma resolução da Comissão Europeia determina que seja feito um Plano Nacional de Protecção Radiológica e Segurança Nuclear, mas não define com clareza o seu conteúdo. Como exemplo, não são claras as medidas de segurança a tomar por médicos, doentes e trabalhadores contra as radiações ionizantes, ocorridas na realização de meios de diagnóstico (Raios X) e terapia clínica. Outra das falhas apontadas no documento entregue ao Ministério do Ambiente refere a carência de pessoal com formação e responsabilidade no grupo de trabalho constituído para estudar o caso. É referido que o grupo é constituído por representantes de vários ministérios, os quais, com excepção do Ministério da Ciência, já não têm pessoas conhecedoras das matérias em causa e, desde há um década, se batem pelo recrutamento e formação de pessoal para assegurar que o Estado cumpra a sua missão com um mínimo de competência técnica.

APONTAMENTOS

METROS CÚBICOS

O Reactor Português de Investigação, a funcionar desde o dia 25 de Abril de 1961 na EN10, em Sacavém, tem armazenadas algumas centenas de metros cúbicos de material radioactivo, mas desconhece-se a quantidade exacta.

ÚNICO NA PENÍNSULA

O Reactor Nacional de Investigação é único na Península Ibérica. Entre 1998 e 2002 os estrangeiros foram responsáveis por 20 por cento do tempo de irradiação. As actividades são nas áreas da física nuclear, física de neutrões, engenharia nuclear, física da matéria condensada, rádio-química, agronomia, efeitos biológicos das radiações, efeito das radiações nos materiais, investigação com isótopos de vida média curta, educação e treino.

127 TONELADAS

Portugal vendeu, no ano passado, 127 toneladas de urânio à França, por cerca de 19 milhões de euros. Numa altura em que a venda deste metal disparou em flecha, o Governo português colocou à disposição do mercado 39 por cento do seu urânio.

CEMITÉRIO NUCLEAR

A localidade de Peque (Espanha), com 200 habitantes, a pouco mais de 60 quilómetros de Bragança, é a primeira localidade espanhola a candidatar-se para acolher mais de 6700 toneladas de substâncias radioactivas durante um período de 60 anos.

ACTO DE DESESPERO

O presidente da Câmara de Bragança rejeitou a instalação de um cemitério nuclear próximo da fronteira, considerando “um acto de desespero” a disponibilidade do autarca da aldeia de Peque para acolher a estrutura.

CONTRA CEMITÉRIO NUCLEAR

Correio da Manhã – Sabia da falta de licenciamento do Reactor Português de Investigação?

Hélder Spínola – Não, não sabia, mas isso revela bem a tradição do nosso país na inexistência de um acompanhamento ou fiscalização pelas autoridades dos diferentes sectores.

– Quais as consequências desta falta de fiscalização?

– Como não temos uma estrutura com competência para essa supervisão, acabam por ser as pessoas que usam o reactor a ter essa responsabilidade. Sublinho a importância de haver nesta área quem faça um acompanhamento do processo burocrático, do licenciamento, mas também do funcionamento desta unidade.

– Sabe qual é o resultado destas quatro décadas de funcionamento do reactor?

– Admito que não há informação nem um conhecimento generalizado das suas actividades nem do resultado das suas investigações científicas.

– Qual é a sua opinião sobre a possibilidade de instalar um cemitério nuclear em Peque (Espanha), a 60 quilómetros de Bragança?

– Somos totalmente contra essa eventualidade, pelo que representa e porque estaria localizado em termos geográficos muito próximo de localidades nacionais.

– Por que é que é contra?

– Porque um espaço de resíduos nucleares implica que tem um tempo de radioactividade muito longo, de dezenas de milhares de anos, que passam muitas gerações.

– Isso significa o quê?

– Significa que esse período tão grande aumenta as possibilidades de risco para as populações, porque aumenta muito as hipóteses de ocorrerem acidentes nucleares devido a falha humana, sismos, atentados ou outra causa.

– Qual a sua maior preocupação ambiental?

– A questão energética. Devíamos reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e não embarcar no nuclear. Devíamos investir nas energias renováveis, das marés, do sol e do vento.

BIÓLOGO AMBIENTALISTA

Hélder Spínola nasceu há 33 anos em Moçambique, na antiga cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo, filho de pais madeirenses que emigraram para aquele país. A guerra trocou-lhes as voltas ao destino e, quando Hélder tinha apenas três anos, a família regressou ao Funchal, cidade onde ainda hoje reside. Viaja com frequência para o Continente, onde exerce as funções de presidente da mais conhecida associação ambientalista portuguesa, a Quercus, cargo que assume desde 2003, depois de mais de uma década na direcção da associação. Desde cedo despertou para as preocupações pelos problemas do meio ambiente. Licenciou-se em Biologia. O doutoramento fê-lo em Genética Humana.


Cristina Serra
correio da manha em 07/08/2006

ligação:
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?idCanal=0&id=210596


Nuclear: parte II

Portugal incorria em multa de dez milhões de euros
Reactor licenciado este ano

Esta licença “foi atribuída por uma comissão nomeada pela Direcção-Geral de Geologia e Energia” e contou com a colaboração de um perito da Agência Internacional de Energia Atómica, que no Verão do ano passado esteve “mais de duas semanas em Portugal”, segundo adiantou ao CM o presidente do ITN.

Montalvão e Silva reagiu ontem de pronto à notícia do CM que dava conta da falta de licenciamento e da perigosidade dos resíduos produzidos pelo referido reactor, mas o próprio admitia que “não está errado dizer-se que não havia licença” antes de Janeiro deste ano.

Mas, antes da notícia, os responsáveis do ITN e do Ministério do Ambiente não comentaram o teor do relatório, (anterior à licença), a que o CM teve acesso e que esteve na origem do processo de licenciamento.

O referido relatório, elaborado por um grupo de trabalho presidido pelo ex-ministro Veiga Simão, dizia que “o Reactor Português de Investigação é a única instalação nuclear existente em Portugal” e que “por nunca ter sido objecto de licenciamento, a Comissão [Europeia] abriu um contencioso contra Portugal”.

MULTA DE DEZ MILHÕES

Esse processo, segundo apurou o CM, poderia resultar numa multa de dez milhões de euros para Portugal. Segundo Veiga Simão, “o licenciamento do reactor é das poucas coisas ultrapassadas” no contencioso com a Comissão Europeia.

Desde logo, segundo fonte ligada ao processo, não foi ultrapassada a “enorme confusão administrativa relativa aos resíduos radioactivos”. Evidenciada pelo facto de as diferentes entidades envolvidas pertencerem a diferentes ministérios. Por exemplo, o ITN, onde está instalado o reactor, depende do Ministério da Ciência e Ensino Superior; a Direcção-Geral de Energia, responsável pela licença, depende do Ministério da Economia e Inovação; e o Instituto dos Resíduos depende do Ministério do Ambiente.

Por estas e por outras é que Veiga Simão defende que “um País incapaz de dominar as técnicas de um empreendimento não deve avançar para esse mesmo empreendimento, sob pena de colocar a sua população em risco”. Desafiado a precisar a que se referia, Veiga Simão preferiu dizer que sempre sustentou tal afirmação.

Quanto aos 45 anos do reactor, Montalvão e Silva admitiu que “se nada tivesse sido feito estaria no fim da vida”. Mas, acrescenta, houve uma “remodelação no final dos anos 80”, que lhe permite “mais 25 ou 30 anos seguros”, mostrando-se contra o desmantelamento de uma estrutura “única na Península Ibérica”.

RESÍDUOS ACTIVOS EXPORTADOS

A questão dos resíduos radioactivos é tão ou mais polémica do que a licença do reactor e tem sido alvo de sucessivas críticas por parte dos ambientalistas. De opinião diferente, o presidente do Instituto Tecnológico Nuclear garante que todos os resíduos produzidos pelo reactor de Sacavém “são tratados de forma devida”. Este responsável acrescenta que “os mais perigosos, de alta radioactividade”, cerca de “seis quilos por ano”, são “recolhidos, quilo a quilo, e enviados para os Estados Unidos”. Montalvão e Silva assegura mesmo que “não fica cá um grama”, lembrando que “pelo contrário, o Instituto trata resíduos de baixa actividade provenientes de indústrias e hospitais”. Uma afirmação que nem por isso deixa mais tranquilos alguns ambientalistas, com fonte próxima do processo a sublinhar ao CM a demora por parte do Governo em nomear a Comissão Independente para a Protecção Radiológica e Segurança Nuclear, “quase um ano depois de aprovada a Lei”.


Rui A. Chaves
correio da manhã 07/08/2006






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domingo, agosto 06, 2006

vamos aos fenómenos

coisas raras e únicas,

coisas sem explicação,

muito bem historiadas,

mas que fogem à razão.

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