quarta-feira, agosto 30, 2006

“Páginas Amarelas de Deus”

exame informatica 30/08/2006

EUA aderem ao aluguer de padres na Net
O serviço é conhecido por “Páginas Amarelas de Deus” e celebrou 3000 casamentos em 2005. Nos EUA, está a fazer um pequeno furor. Através da Internet, os utilizadores que não se revêem nos ditames da Igreja Católica ou, simplesmente, não conseguem encontrar um padre disponível podem alugar um sacerdote para as mais variadas celebrações religiosas. Actualmente, o endereço (http://www.rentapriest.com) dispõe dos contactos de 2500 ex-padres que abandonaram a igreja católica devido a incompatibilidades insanáveis – entre elas, o celibato.
Os serviços prestados pelos sacerdotes podem ser pagos ou gratuitos. Apesar de associado a organizações que defendem o fim do celibato dos padres católicos, o site também pretende contornar a escassez de sacerdotes (cerca de 27% das dioceses norte-americanas estão sem padres).

Ainda assim, os mentores da iniciativa não escondem que pretendem exercer alguma pressão política sobre a Igreja de Roma, e celebram casamentos entre divorciados, homossexuais ou pessoas cujos passados ou convicções impedem o casamento católico.

O serviço foi criado em 1992. «Temos estado a fazer o trabalho de Jesus e, aparentemente, a Igreja não o faz», reivindicou Louise Haggett, responsável pelo site que permite alugar padres dos quatro cantos dos EUA, à Reuters.

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Morrer de coração partido

Carla Marina Mendes
correio da manhã 30/08/2006

Morrer de amor é possível. A confirmação chega através de um estudo científico que comprova o que há muito defende a voz do povo. Mas se há quem não resista à perda da cara-metade, sobreviver é possível. Com apoio e muita força.

Incapaz de suportar a saudade, o marido morre pouco tempo depois de a mulher ter fechado os olhos para sempre. Este não é apenas o episódio de uma família, mas uma situação recorrente, que pode ser um dos efeitos do luto. Morrer de coração partido parece uma história de ficção, mas a perda da cara-metade pode levar mesmo à morte de quem fica. É a Ciência que o confirma.Diz um estudo recente, realizado por especialistas das faculdades de Medicina da Universidade de Harvard e da Universidade da Pennsylvania, nos EUA, que a hospitalização do cônjuge por motivo de doença grave aumenta o risco de morte, sobretudo quando os casais têm mais de 65 anos. Avançam ainda os cientistas que a probabilidade de o homem morrer é 21 por cento maior depois de lhe morrer a mulher. Para elas, o risco é de 17 por cento quando perdem o marido. A hospitalização de um dos elementos do casal é suficiente para aumentar o perigo – 4,5 por cento para os homens, 2,7 por cento para as mulheres.

A vontade de viver também fugiu, há quatro anos, a Joaquim Pires. Quando a morte bateu à porta e lhe levou a mulher, com quem partilhou a vida durante quase 25 anos, pensou não ser capaz de continuar. Mas decidiu-se pela vida. “Não é fácil, é muito triste. Nem tenho palavras para descrever o que se sente”, conta ao CM.

Hoje com 53 anos, recorda os oito meses de uma longa batalha para levar de vencida um cancro no estômago. Não esquece os médicos e hospitais, os exames e tratamentos, as promessas de cura falhadas. E não esquece também a mulher. “Nunca se consegue ultrapassar a perda, nunca mais se esquece, mas temos de ter força, não podemos continuar para sempre a chorar.” O apoio da família foi, conta, decisivo para conseguir olhar para a vida com outros olhos.

“A morte de uma pessoa querida é uma experiência extremamente dolorosa, um processo emocional fortíssimo”, confirma Ana Isabel Cruz, psicóloga e vice-presidente da Associação Apelo – Apoio à Pessoa em Luto. “Isto acontece porque precisamos das ligações com outros. Quando perdemos alguém, os vínculos não deixam de existir, mas a relação tem de ser reelaborada, o que desestabiliza emocionalmente e obriga ainda, quando se trata de um casal, à necessidade de reorganizar toda a vida e os papéis antes atribuídos ao elemento que partiu.”

TERRAMOTO EMOCIONAL

Segundo a especialista, o luto não é uma doença, mas antes um processo complexo, dividido em etapas: “A primeira fase é a da desorganização, a que chamamos fase de negação, em que não se acredita que aquela pessoa se foi embora e se espera que regresse a qualquer momento.” Seguem-se outros momentos, que vão desde grandes alterações emocionais ao choro profundo, sentimentos de culpa e agressividade. “Todo um emaranhado de emoções fortes, que pode durar dias ou semanas.”

Joaquim Pires sentiu essas emoções, a dor, revolta, saudade, mas foi capaz de ultrapassá-las. “Apesar de termos vontade, não podemos desaparecer por algo que Deus quis. Temos de ter força e ânimo”, afirma. Outros há que não o conseguem e se mantêm num luto que os especialistas chamam de patológico. Desistir de viver é comum, o que, refere a psicóloga, está relacionado com a falta de apoio nas horas difíceis, com o percurso social, personalidade de cada um e ainda com questões anteriores. “Quando há problemas não resolvidos noutras esferas, a morte faz com que eles regressem.”

PARA ALIVIAR O SOFRIMENTO

OUVIR

Ajudar alguém a ultrapassar o luto é possível. Ouvir os desabafos, aceitar as acções, mesmo que aparentemente desconcertantes, ajudar a resolver os problemas mais práticos e evitar comentar comportamentos ou atitudes ajuda quem sofre.

ISOLAMENTO NÃO

As pessoas que perdem alguém que amam tendem a isolar-se. Mas desabafar é a melhor solução, assim como falar livremente sobre a pessoa que se perdeu, sem receios ou vergonhas. Devemos ajudar quem está de luto a evitar o isolamento.

PARTILHAR A DOR

Diz quem sabe que o luto é um processo normal. Para o enfrentar de forma saudável há que agir de acordo com o que dita o coração, viver o dia-a-dia, dar tempo ao tempo, partilhar o sofrimento, para que seja mais fácil de enfrentar a ausência de quem partiu.

PROCURAR AJUDA

Há profissionais capazes de aliviar a dor de quem sofre. Procurar ajuda especializada pode ser importante para ultrapassar os momentos mais difíceis. A Associação Apelo disponibiliza essa ajuda. O contacto pela internet é http://www.apelo.web.pt.

ESTUDO CIENTÍFICO CONFIRMA QUE A DOR MATA

Nicholas Christakis, um dos autores do trabalho que, pela primeira vez, passou para a prática o que a teoria há muito defende – que a morte ou a hospitalização do cônjuge aumenta o risco de morte para quem fica –, não hesita em classificar o resultado do estudo como surpreendente.

Depois de analisar mais de meio milhão de casais com idade superior a 65 anos, verificou que o período em que o risco de morte é maior surge nos 30 dias seguintes à hospitalização ou morte do parceiro. Concluiu ainda que, “quanto mais debilitantes as doenças, maior a probabilidade de doença ou morte para o parceiro”. Isto porque os problemas do companheiro podem privar o parceiro de apoio emocional, económico ou prático, e aumentar os níveis de stress.

AJUDAR QUEM FICOU SÓ NO MUNDO

Proporcionar um espaço de partilha foi o objectivo de criação da Apelo, uma associação que existe para ajudar quem perdeu um ente querido. “Partilhar com outros que já passaram pelo mesmo e mostrar que é possível ultrapassar a dor é um dos grandes objectivos da associação”, diz a vice-presidente.

Ana Isabel Cruz sabe do que fala. A perda de um filho deu-lhe outra sensibilidade para lidar com a perda. A Apelo tem centros em Aveiro, Braga, Coimbra, Madeira, Porto e Setúbal.

SARTE E BEAUVOIR PARA SEMPRE

Conheceram-se em Paris, em 1929. Ele tinha 24 anos, ela 21 e ambos estudavam para se tornarem professores. Casaram e, apesar de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir terem tido vários amantes, fruto de um acordo estabelecido entre os dois que lhes permitia ter outros relacionamentos, formaram um dos grandes pares românticos da história. Almas gémeas, viveram sempre juntos e morreram, ele primeiro, em 1980, ela seis anos depois.

DALÍ SEM GALA ERA VIDA SEM SENTIDO

Dalí nunca escondeu que conhecer Gala foi o acontecimento mais importante da sua vida. Apesar da diferença de idades – ela era dez anos mais velha – e do facto de Gala ser casada com o poeta Paul Eluard, não conseguiram evitar o amor. Casaram-se em 1934, não mais se separando. Em 1982, Gala morreu. Nessa altura, Dalí já não pintava, resultado de uma doença que lhe causava tremores nas mãos. A morte dela agravou a situação e o pintor acabou por se juntar à mulher em Janeiro de 1989.

A COMPANHEIRA DO CAMARADA CUNHAL

O seu nome confunde-se com o do partido que dirigiu durante décadas. Álvaro Cunhal, o líder carismático do Partido Comunista Português, morreu em Junho de 2005, com 91 anos. Um ano depois da sua morte, o País foi informado da morte da sua companheira de vida e de ideais, Fernanda Barroso, que se despediu da vida aos 61 anos. Durante mais de 20 anos, a engenheira técnica química foi a mulher de Cunhal, com quem partilhou a vida e a paixão.

A MÃE DE TODAS AS TRAGÉDIAS DE AMOR

É a história clássica, sinónimo de verdadeiro amor. Quem não conhece a tragédia ‘Romeu e Julieta’, de William Shakespeare, que retrata o amor entre dois jovens de famílias rivais, impedidos de concretizar o seu amor, devido ao ódio que separava os dois clãs. Oferecida em casamento a outro, Julieta finge a sua morte através da ingestão de um veneno. Romeu, que desconhece os planos da amada, acredita que ela está morta e suicida-se. Ela, incapaz de viver sem ele, põe também fim à vida.

JUNTOS, MESMO DEPOIS DA MORTE

Nasceu Giulia Anna Masina, em San Giorgio di Piano, Itália. Ganhou protagonismo na rádio, mas ficou para sempre conhecida como a mulher do realizador Federico Fellini, com quem casou em 1943. Viveram juntos durante mais de 50 anos, até que a morte os separou. Primeiro ele. Ela segui-o, seis meses depois, vítima de cancro, em Março de 1994, com 73 anos. Descansam lado a lado no cemitério de Rimini.

O CASAL PERFEITO DA 'COUNTRY'

O casamento de 35 anos de Johnny Cash e June Carter é uma das grandes histórias de amor da indústria do entretenimento. Em Fevereiro de 1968, ele declarou-se e casaram semanas depois. June foi o porto de abrigo para Johnny, que a nomeou como uma das responsáveis por ter conseguido deixar o mundo da droga. Formaram um casal perfeito até que, em Março de 2003, June não resistiu a uma cirurgia ao coração. Johnny segurava-lhe a mão quando ela morreu. Seis meses depois, foi ter com ela.

SUPERAMOR PARA LÁ DA VIDA

Depois de ter sido Super-Homem, Chistopher Reeve teve de lutar sem tréguas contra a lesão que o deixou paralisado, depois da queda de um cavalo. Ao seu lado teve sempre a mulher, Dana. Chistopher morreu em 2004, aos 52 anos, na sequência de uma paragem cardíaca. Dana juntou-se ao marido em Março passado, com 44 anos, vítima de cancro do pulmão.

MÚSICA PUNK, SEXO, PAIXÃO E CRIME

Apesar da violência, a história foi de amor. Ele, um ícone da música punk, baixista dos Sex Pistols; ela era uma ‘groupie’, isto é, andava atrás de bandas famosas. Ambos viciados em drogas, conheceram-se em 1977 e apaixonaram-se. Em 1978, Sid acordou depois de uma noite de drogas e encontrou Nancy morta à facada na casa de banho do quarto de hotel onde se encontravam. Foi acusado do crime mas acabou por ser libertado. Morreu de overdose: muitos dizem que se suicidou, incapaz de viver sem Nancy.


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Irmã de Ronaldo promove drogas


Irmã de Ronaldo promove drogas
Na loja de roupa na Madeira


A loja que Cristiano Ronaldo possui no Funchal está a causar polémica. A sua irmã mais velha, e sócia no negócio, Elma Aveiro, mantém na montra uma camisola com uma mensagem que apela ao consumo de drogas.


‘1 gr de coca por una noche loca’, ou seja, ‘um grama de cocaína por uma noite louca’ (em tradução livre), é a mensagem polémica que se pode ler na camisola exposta na loja do clã Aveiro, no Funchal.

Conheça todos os pormenores desta história, em exclusivo, na edição desta quarta-feira do jornal 'Correio da Manhã'.

exclusivo:


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sábado, agosto 26, 2006

As vacas têm pronúncia

Vacas mugem com pronúncia das regiões.

jornal de notícias, sociedade e vida

As vacas têm pronúncia. Pelo menos, esta é a ideia transmitida por alguns especialistas de fonética, depois de terem sido alertados para a situação pelos criadores de gado ingleses, que se aperceberam das diferenças nos mugidos das vacas nas diferentes regiões.

Questionado sobre a veracidade da "pronúncia" das vacas, o professor de fonética da Universidade de Londres, John Wells, estabeleceu uma comparação entre vacas e aves. "Este fenómeno está demonstrado nos pássaros", referiu. "Podemos encontrar sotaques distintos dentro da mesma espécie, em diferentes lugares geográficos".

"Eu passo muito tempo com as minhas vacas e, definitivamente, elas mugem com sotaque daqui", disse Lloyd Green, um criador de gado de Somerset, no sudoeste de Inglaterra. "Conversei com criadores de outras regiões, e eles disseram ter ouvido o mesmo que eu", afirmou. "Acontece o mesmo com os cães; quanto mais perto estamos deles, mais facilmente ficam com a nossa pronúncia", conluiu.

John Wells corrobora esta ideia, ao referir que, "em pequenas povoações, pode encontrar-se variações nos dialectos, que se contagiam no grupo".

No mesmo sentido, Jeanine Treffers-Daller, professora de Linguística da Universidade de Bristol, explica que, à semelhança dos seres-humanos, a origem da pronúncia está na família. "Quando aprendemos a falar, adoptamos a pronúncia dos nosso pais".

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quinta-feira, agosto 24, 2006

China proíbe striptease em funerais

diário digital 24/08/2006

Cinco pessoas foram detidas na china por praticar striptease em funerais, segundo relatos da imprensa do país. Esta prática foi recentemente proíbida no país.

Algumas localidades rurais chinesas costumam adoptar esta prática para aumentar o número de pessoas presentes num funeral, sendo que as multidões nestas ocasiões são consideradas um sinal de honra.

No distrito de Jiangsu, foram presas várias pessoas por promoverem este tipo de performances. As autoridades locais determinaram que a tradição deveria chegar ao fim e que os planos para realizar qualquer funeral deveriam ser apresentados com antecedência, de acordo com informações de uma agência de notícias chinesa.

Além de proibir esta tradição, as autoridades promoveram a denúncia telefónica destes casos.



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Galinhas e porcos também têm direitos

«Primeiro passo para respeitar os animais é deixar de comê-los»

portugal diário 24/08/2006

A Associação ANIMAL, organização não-governamental de defesa dos animais, anunciou esta quinta-feira o lançamento da campanha «Animais Excepcionais», que procura educar os portugueses para a importância de respeitar e proteger os animais de quinta.

Segundo Miguel Moutinho, presidente da ANIMAL, esta é uma campanha «inédita em Portugal», que tem como principal objectivo «dar a conhecer os animais de quinta, como galinhas, perus, porcos ou ovelhas, usados na indústria alimentar».

A campanha «Animais Excepcionais» visa «educar para mudar comportamentos e levar o público a preocupar-se mais com os animais que apenas conhece quando estão no seu prato».

«Para a maioria das pessoas, estes animais são apenas fonte de alimento», disse à agência Lusa Miguel Moutinho, defendendo que estes animais domésticos são «tão notáveis como outros animais de companhia» devendo «ser respeitados por todos».

«E o primeiro passo para respeitar os animais é deixar de comê-los», acrescenta.

É neste âmbito que se insere «Seja Vegetariano», uma segunda campanha também promovida pela Associação ANIMAL e lançada esta quinta-feira.

De acordo com o presidente da associação, esta campanha fará «chegar ao público português a mensagem saudável do vegetarianismo e dos benefícios que uma dieta vegetariana pode trazer para a saúde».

«Seja Vegetariano» é uma campanha coordenada por Vanda Botelho, uma dietista que diz «acreditar nos muitos benefícios para a saúde do vegetarianismo», bem como «nas razões éticas que estão na base da escolha de uma dieta vegetariana».

Miguel Moutinho prevê para ambas as campanhas «uma boa aceitação por parte do público», apesar de reconhecer tratar-se de um «trabalho progressivo».


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quarta-feira, agosto 23, 2006

detidas por canibalismo

jornal de notícias mundo, hoje

Seis pessoas detidas por canibalismo


Pelo menos seis pessoas estão detidas em Gorongosa, província de Sofala, centro de Moçambique, acusadas de consumir carne humana, incluindo um casal que confessou ter cometido o crime a mando de feiticeiros, anunciou a Polícia moçambicana. Na semana passada, um casal foi indiciado de estar na origem do desaparecimento de dez cadáveres de crianças sepultadas e de violar outras campas de onde exumaram os corpos para consumo.

O casal, com 34 e 50 anos, disse à Polícia que se dedica ao canibalismo por instruções de médicos tradicionais, supostamente para se defenderem de eventuais problemas mentais, que os levariam à demência.

O chefe das operações do Comando distrital da Polícia da República de Moçambique, Francisco Alexandre, disse que todos os detidos "confessaram os seus crimes, mas, tal como no caso do casal, associam a sua actividade a práticas tradicionais e de curandeirismo".

Alexandre afirmou que, na passada segunda-feira, a Polícia deteve três mulheres que possuíam "maior quantidade de carne e ossos humanos, comparativamente aos encontrados com o casal". Os suspeitos foram detidos após denúncia de populares.

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matéria escura

Colisão de galáxias revela matéria escura

jornal de notícias sociedade e vida, 23/08/2006


"A matéria escura deve existir e deve constituir a maior parte da matéria no universo". A afirmação é de um investigador da Universidade do Arizona, Douglas Clowe, na sequência da observação de uma "gigantesca colisão" entre dois grupos de galáxias.

Tratando-se da "primeira prova directa" de que a matéria escura existe, a colisão foi observada e estudada devido aos dados fornecidos pelo telescópio espacial de raios-X "Chandra" e pelos telescópios "Hubble" e "Magalhães".

A colisão provocou a separação da matéria "normal" conhecida da matéria "escura" que, de acordo com os cientistas, constitui a maior parte da massa e controla a gravidade.

A matéria escura não pode ser vista, por não emitir nem reflectir luz suficiente, mas representa 25% do universo, comparado com 5% da matéria comum, sendo os restantes 75% formados por energia escura.

O conceito de matéria escura é conhecido desde os anos 60, quando os astrónomos concluíram que as galáxias como a Via Láctea giravam sobre si próprias muito mais depressa do que a sua massa conhecida o permitiria. Esta ideia originou opiniões divergentes no seio da comunidade científica. Uns, consideraram que esse facto questionava a lei da gravidade, enquanto que outros imaginaram a existência nas galáxias de uma massa desconhecida, denominada "matéria escura".

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terça-feira, agosto 22, 2006

Bin Laden adorava Whitney Houston

portugal diário 2006/08/22 | 20:35

São raras as notícias sobre Bin Laden que dão vontade de rir, mas esta é uma delas. O líder da Al-Qaeda foi obcecado pela cantora nortre-americana Whitney Houston, lê-se num livro publicado recentemente.

Segundo a autobiografia da escritora sudanesa Kola Boof, o terrorista chegou mesmo a querer casar com a artista americana. E como sabe Kola Boof estas coisas? A escritora alega ter sido amante de Bin Laden, contra a sua vontade, em 1996, avança a SkyNews esta terça-feira.

Excertos da autobiografia de Kola Boof, Diary of a Lost Girl, (Diário de Uma Rapariga Perdida) foram publicados na revista Harper's.

«Ele disse-me que a Whitney Houston era a mulher mais bonita que ele alguma vez tinha visto», lê-se.

«Ele queria oferecer uma mansão a Whitney Houston».

«Ele disse-me que para possuir Whitney teria de quebrar a sua regra de cor e fazer dela uma das suas esposas».

Bin Laden passava a vida a dizer que ela (Whitney) era «linda», que tinha um «sorriso lindo» e que era «verdadeiramente islâmica».

O líder dizia, alega a escritora, que a cultura norte-americana e o seu marido Bobby Brown tinham feito «uma lavagem cerebral» à cantora. Bin Laden chegou a falar em matar o marido de Whitney, lê-se no livro.

Mas o fascínio de Bin Laden pelas terras de Sam não acaba com Whitney Houston. Boof também alega que o líder do Al-Qaeda passava a vida a falar das suas séries favoritas, entre elas, Miami Vice e o Macgyver.

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sábado, agosto 19, 2006

Televisão alivia a dor

Teste realizado em crianças mostrou resultados surpreendentes

portugal diário 19/08/2006

Investigadores da Universidade de Siena, Itália, estudaram os níveis de dor relatados por 69 crianças entre os 7 e os 12 anos enquanto faziam análises. De acordo com uma notícia publicada no site da «BBC», algumas das crianças eram distraídas pelas mães durante o procedimento, algumas não tinham qualquer distracção e outras, ainda, assistiam a desenhos animados na televisão. Os que viam televisão sentiram menos dor, segundo o estudo.

As crianças foram divididas aleatoriamente em três grupos e nenhuma delas levou qualquer tipo de anestesia. Depois das análises terem sido feitas, as crianças e as mães avaliaram os níveis de dor verificados.

Os resultados foram surpreendentes. As crianças que não tiveram nenhum tipo de distracção registaram níveis de dor três vezes superior à das que viram televisão. Mesmo as crianças que tiveram as mães a distrai-las, acalmando-as ou acariciando-as «sofreram» mais com o procedimento.

Os resultados deste estudo sugerem ainda que as crianças que viram desenhos animados não só sentiram menos dor, mas também tiveram uma maior tolerância a ela.

O investigador Carlo Bellieni disse que ver televisão pode simplesmente desviar a atenção, mas também é possível que o prazer que gera estimule a liberação de hormonas chamadas endorfinas, que agem como analgésicos naturais.

Na sua opinião, os serviços de saúde deveriam usar a televisão para reduzir o sofrimento das crianças durante pequenos procedimentos que causam dor.


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não sabe o que é sentir dor

João Maria, o menino que não sabe o que é sentir dor

Sónia Morais Santos
Gonçalo Santos (foto)
em DN Tema de hoje

Pode cair pelas escadas, partir as duas pernas e continuar a andar como se nada fosse. Ou saltar de um terceiro andar. Pode trincar a língua até ficar sem ela. Sem pestanejar. O João Maria não é um super-herói, mas parece. Tem três anos, vive em Leça da Palmeira e nasceu sem a capacidade de sentir dor.

À primeira vista, dir-se-ia que não se trata de um problema mas de uma felicidade. Mas não é. Que o digam os pais, que se viram do avesso para evitar que o filho se magoe. Uma luta diária, uma vigia permanente, obsessiva. Tudo porque o João Maria não faz ideia do que é um "dói-dói".

O primeiro sinal de que o João não era um menino como os outros foi dado logo nos primeiros meses. As vacinas não o faziam chorar. E mesmo quando a enfermeira preparava os pais para os gritos do bebé - "Esta vai doer, pais, agarrem-no bem" -, João Maria nem sequer encolhia o braço. Os pais, porém, não faziam ideia do que estava por detrás desta estranha valentia. Nem sonhavam ainda que havia uma doença rara chamada insensibilidade congénita à dor com anidrose.

Com o nascimento dos primeiros dentes começaram os problemas a sério. O filho de Maria Teresa e João Paulo Barbosa formou uma ferida na língua que não sarava. Correram todos os médicos, mas ninguém acertava no problema. A fralda de pano presa à chucha chegou a estar empapada em sangue. Ao mesmo tempo, João Maria tinha febre. Sempre. Os pais, convencidos de que estava constipado, agasalhavam-no o mais que podiam. A febre, em vez de baixar, subia, e mantinha-se mesmo com os antipiréticos.

É que a doença deste pequeno "super-herói" não se fica só pela insensibilidade à dor. João Maria também não transpira. Ou seja, o seu corpo não regula a temperatura. Sobreaquece no Verão e enregela no Inverno. Ao agasalharem-no, os pais não estavam a ajudar. Mas isso só viriam a descobrir mais tarde.

Sem saberem o que fazer, os pais do pequeno João ligaram a um primo, dermatologista. Ao ouvi-los, e alarmado por um estudo que, curiosamente, tinha feito sobre o único caso português conhecido de insensibilidade à dor com anidrose (ausência de transpiração), o primo perguntou: "Ele sua?" Foi a pergunta que deu origem ao diagnóstico. Com efeito, e fazendo uma retrospectiva, os pais nunca tinham visto o João Maria suar. Daí ao diagnóstico, em Coimbra, foi um passo. Daí ao susto, às dúvidas, ao medo quanto ao futuro foi um instante. Como ensinar uma criança a ter cuidado com o fogo quando não sente dor? Como evitar que se morda? Como saber se tem uma hérnia, uma apendicite, uma perna partida, se nunca se queixa?

A dor é essencial para aprender

Trata-se, além do mais, de uma questão filosófica. É de Aristóteles a frase: "Não é possível aprender sem dor." Mas quem nasceu sem o problema do João Maria nunca pa- rou para pensar na importância da dor. Fugimos dela, tomamos comprimidos para a atenuar, desejamos que desapareça. Sem pensar que precisamos dela para nos lembrarmos do que não devemos fazer. É a dor que nos baliza os limites. João Maria não conhece a fronteira entre o que pode fazer e o que o coloca em risco.

É por isso que salta de pernas direitas, sem flectir os joelhos, sem defender as articulações. É por isso que galga degraus e muros, e rasga braços e pernas, e golpeia a cara sem deitar uma lágrima. E é também por isso que os pais temem pelo futuro do seu esqueleto, tantas vezes massacrado sem que ninguém dê conta. Todas as noites, pai e mãe tacteiam o seu pequeno corpo, em busca de inchaços que indiciem lesões internas, ossos partidos, doenças silenciosas.

Feito o diagnóstico, aos seis meses de idade, as peças do puzzle começaram a juntar-se. Compreendeu-se finalmente a origem da ferida na língua, provocada pelos seus próprios dentes. João Maria fazia o que todos os bebés fazem: explorava o próprio corpo. Com uma grande diferença: como não nasceu habilitado para sentir dor, podia (e pode) trincar a língua até se ferir gravemente. No Hospital Maria Pia, no Porto, recomendaram que lhe arrancassem os dentes todos, única forma de evitar que se auto-mutilasse. Os pais preferiram pesquisar outras soluções.

A falta de informação e o desnor-te são sensações comuns a quem enfrenta uma doença rara, diz a psicóloga Maria João Pimentel: "Estes pais passam pelas mesmas fases que os pais com filhos doentes, ou seja, há o momento do choque, da negação, da revolta, mas têm ainda acrescido o facto de não haver informação sobre a doença de que sofrem." Maria João Pimentel presta auxílio a pais e doentes da Raríssimas, uma associação de doenças mentais e raras (ver pág. ao lado). E sabe que todos os que passam por uma doença rara sentem o mesmo: "Sentem-se perdidos. E muito sozinhos."

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quinta-feira, agosto 17, 2006

Sociedade anónima

Publicado quarta-feira, 16 de Agosto de 2006 15:49
por Expresso Multimedia

Reginaldo Rodrigues de Almeida
Prof. universitário e autor

Na máquina do tempo, durante séculos, a enciclopédia da vida habitualmente traduzia uma realidade bem mais linear e cómoda que a actual, ou seja, na velha ordem económica e social, antes das denominadas auto-estradas da informação o mundo analógico promovia a sabedoria, verdadeiro passaporte para a “méritocracia” da álgebra do sucesso de todos aqueles que pensavam mais e melhor e consequentemente tinham uma mais esclarecida capacidade de intervenção sobre o mundo à volta.

A alta-cultura, o rendilhado da verve e a troca epistolar de alguns deixavam muitos boquiabertos tal era o grau de inteligência pressentido. Aliás, várias teorias sociais apontavam mesmo para predestinados, verdadeiros «meninos-prodígio» com capacidades inatas para as diferentes mais-valias e num ápice encontravam soluções que o muito trabalho e o suor do rosto na versão bíblica não permitia alcançar.

Todavia, no zapping de agora tudo mudou. A adrenalina e o «tic-tac» do ritmo vertiginoso das TIC criou o mundo digital, o mundo da Nova Economia, o mundo do conhecimento à distância de um clique e assim, na última vintena de anos, expressões como «capital intelectual», «geração W» ou «gestão de pessoas e processos» ganharam uma acuidade de tal ordem que obrigam incessantemente a complexos raciocínios geométricos em detrimento das meras análises aritméticas do passado.

Nos dias de hoje, nas empresas e na vida, os mais bem apetrechados intelectualmente já não são os sobredotados (se é que eles alguma vez existiram) mas sim aqueles que trabalham o conhecimento e as perícias profissionais adquiridas através da muita (por vezes demasiada) informação disponível em infinitos suportes.

No entanto, rapidez e presença ubíqua para, por exemplo, através da web estar em vários locais do planeta em simultâneo não são necessariamente sinónimos de qualidade intelectual, tão simplesmente reagentes que podem acelerar uma fórmula de sucesso e aguçar vontades para o esforço de quem quer saber mais e aposta na permanente formação contínua.

Convém não esquecer que as TIC só ensinam e ajudam quem tem condições preexistentes de aprendizagem e, se muito é o conhecimento científico que nos podem conferir, não menos certo é que o denominador comum passa obrigatoriamente pela cultura científica, pela curiosidade do querer conhecer e perceber que tudo o que é importante tem rapidamente que se tornar interessante.

Conclusão: Não existem pessoas inteligentes mas sim pessoas bem informadas...

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